Parâmetros fisiológicos da soja sob estresse hídrico
Artigo escrito por: Anna Elisa Petersen Gatelli, UFRGS; Elizandro Fochesatto, UNIARP; João Paulo Vanin, SLC Agrícola S.A.; André Luis Vian, UFRGS; Christian Bredemeier UFRGS
Toda safra é marcada por muitos desafios para os produtores em diversos setores da agricultura. Com o setor sementeiro não é diferente, nos últimos anos é crescente a preocupação dos produtores com a qualidade do insumo adquirido para utilização em sua propriedade. A busca do produtor por análises teve um aumento ao longo do tempo, pela importância de cultivar um material de alta qualidade para alcançar maiores chances de produtividades elevadas ao final do ciclo produtivo.
Com base nos clientes do Laboratório de Análise de Sementes (LAS) da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Rio Verde (Fundação Rio Verde), observamos que as análises mais solicitadas são de germinação e vigor, e o mais curioso é que a maior preocupação é com “vigor”. O produtor rural tem consciência da importância desse atributo na semente, ele sabe que um lote com boa germinação é importante, mas também sabe que o vigor determina um potencial ainda maior de cultivar ao passar por adversidades no momento crítico de estabelecimento inicial do cultivo. O uso de sementes de alto vigor pode impactar em até 35% a mais na produtividade da cultura.
As análises de sementes a serem cultivadas na safra 2022/2023 tiveram início no dia 01/09, desde então o LAS recebe amostras vindas de várias regiões do Médio Norte, em cerca de 90% das amostras recebidas temos visto números elevados de vigor e germinação, o que representa resultados positivos para a próxima safra.
Germinação é mínimo, é o atributo básico de uma boa semente, porém, o agricultor sabe que precisa conhecer as demais características da semente para estabelecer estratégias mais assertivas em relação ao momento de colocá-las no solo, o produtor quer vigor, quer saber se aquela semente é capaz de desempenhar plântulas normais de forma rápida e uniforme em condições ideais e sob ampla diversidade de condições de ambiente, o que é muito importante para a agricultura brasileira se levarmos em consideração que trabalhamos com uma indústria a céu aberto e estamos sujeitos a intempéries.
Recentemente estive participando do Congresso Brasileiro de Sementes onde tive a oportunidade de conversar com a representante do laboratório de sementes de uma multinacional. Em nossa conversa ela mencionou sobre como é feito o controle de qualidade interno das sementes antes da entrega ao produtor, para todos os lotes é realizado o teste de emergência em canteiro “mensalmente”. Isso reforça a preocupação das empresas sementeiras com a qualidade do produto a ser entregue. Hoje graças a tecnologia disponível o agricultor tem acesso a rastreabilidade dos lotes que está recebendo, desde a colheita até a última análise realizada. Sabe-se que o transporte das sementes até o destino final é determinante na qualidade das sementes, com base nisso temos visto o investimento em caminhões com lonas térmicas e o aumento do número de centros de distribuição de sementes no eixo da BR 163, o que mostra o zelo com o principal insumo da agricultura brasileira.
Legalmente o produtor é assegurado somente quanto à germinação da semente, mas os estudos de grandes pesquisadores do setor sementeiro comprovam a importância do vigor. O laboratório de sementes da Fundação Rio Verde há mais de 10 anos trabalha lado a lado com o produtor rural, cada semente analisada tem um valor importantíssimo, para nós analistas de sementes é motivo de orgulho saber o quanto contribuímos na tomada de decisão das lavouras brasileiras. É gratificante poder compartilhar o conhecimento do dia a dia com nossos clientes.
Maria Luiza da Silva, Engenheira Agrônoma Responsável Técnica do Laboratório de Sementes Fundação Rio Verde
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Artigo escrito por: Anna Elisa Petersen Gatelli, UFRGS; Elizandro Fochesatto, UNIARP; João Paulo Vanin, SLC Agrícola S.A.; André Luis Vian, UFRGS; Christian Bredemeier UFRGS
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