Como o manejo da interação água - solo - planta pode melhorar a resposta produtiva
Por Dorotéia Alves Ferreira, Doutora em Solos e Nutrição de Plantas e Gerente de Produto da Fertiláqua
Nos últimos dias a chegada de pacotes com sementes ao Brasil, através dos Correios tem causado perplexidade e grande apreensão. É só imaginarmos que se esses pacotinhos contendo sementes , vindas da Ásia, sem remetente e endereçados a pessoas que não solicitaram, entregues e recebidos sem passarem por fiscalização agro sanitária, sem atuação alguma de fiscais de defesa sanitária agropecuária (municipal, estadual ou federal), para percebermos os riscos. Quem garante que não se está diante do risco potencial de um tremendo desastre econômico, social e ambiental?
A situação se tornará ainda mais grave caso os destinatários não tenham ideia dos reais riscos. Neste momento se revestem de ainda maior importância projetos de conscientização e prevenção, como o Plantando Batata com Ciência, que tem como foco o ensino a crianças sobre conceitos e procedimentos de pesquisa científica, com objetivo de construir desde a infância um potencial cientista, com consciência sobre a importância da “defesa sanitária vegetal”
Se os pacotinhos contendo sementes (clandestinas) forem recebidos por pessoas que não passaram por qualquer orientação, poderão ser abertos e as sementinhas plantadas. Se abertos, plantados e as plantas desenvolvidas forem portadoras de um novo vírus, poderemos estar diante de mais um desastre “silencioso", mais um inimigo "invisível" e "incontrolável".
É fácil ocorrer de um ou mais vírus (latente) , que causa(m) sintomas fracos, difíceis de serem reconhecidos visualmente nessas plantinhas, não apresentarem o mesmo comportamento em outras espécies nativas ou cultivadas do Brasil. Sintomas fortes, evidentes e destruidores podem vir a ser observados se forem transmitidos, por exemplo, por pulgões ou moscas brancas e infectarem hortaliças, tomatais, batatas, pomares, plantações de algodão, café, cana-de-açúcar e álcool, soja, feijão, arroz...
Fica aqui o recado de um fitovirologista: alerta, alerta , alerta!!
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