O arroz é um dos alimentos mais antigos e mais consumidos do mundo. No aspecto nutricional, é um dos alimentos melhores balanceados.
A cultura do arroz apresenta características particulares, onde os maiores países produtores do cereal são também os maiores consumidores, tendo poucos países que se destinam a produção com o propósito de suprir a própria demanda como também a externa.
Há poucos países importadores, que movimentam quantidades pouco significativas no volume total produzido no mundo (ao redor de 4%).
O Continente Asiático consome cerca de 90% do arroz produzido no mundo.
O crescimento da população dos países da Ásia é vertiginoso. Logo, o aumento de áreas cultivadas e aumento de produtividade são fatores fundamentais. Sabe-se que o crescimento de áreas cultivadas nos países asiáticos é muito pequeno, pois os recursos de terra e água são limitados, juntando-se a isto o grave problema de erosão nos solos da China, oriundos de uma política que incentivava o aumento de áreas, não dando a devida importância a práticas conservacionistas do meio ambiente.
Baseado nestes dados, vislumbra-se aí a oportunidade de o Mercosul se tornar o grande fornecedor de alimento para estes países. O Brasil, principalmente, pois somente o nosso País apresenta 12% das áreas agrícolas do globo e água em abundância para suprir a demanda da área plantada. Toda esta condição ambiental favorável no entanto não nos elevará à condição de grande exportador se também não forem superadas algumas barreiras, como política consistente de estímulo à produção, redução da carga tributária, estímulo à utilização de novas tecnologias, fortalecimento do Mercosul, com estratégias definidas de produção, e busca de mercados cativos para exportação.
O avanço tecnológico no Brasil é observado ano a ano. A produtividade vem aumentando por unidade de área, devido a grandes investimentos em pesquisa por parte dos setores públicos e privados, que investiram em novas tecnologias de cultivo, variedades mais produtivas e com melhor qualidade de grão, máquinas e equipamentos que reduzem as perdas, defensivos agrícolas mais eficientes e a profissionalização do produtor que está aprendendo a gerenciar a lavoura se aproximando mais da pesquisa e das novas tecnologias que vêm surgindo, elevando o nível produtivo e a rentabilidade da lavoura.
Esta evolução é apenas o começo de um longo caminho a ser trilhado na busca do aumento de produtividade, qualidade, rentabilidade da lavoura.
Observa-se nesse cenário a necessidade de definição de política agrícola de longo prazo, e definição de metas de produção para os países de Mercosul, evitando o canibalismo entre estes.
Vislumbra-se um horizonte bastante promissor para o Brasil, desde que todos os envolvidos na Cadeia do Arroz façam a sua parte.
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