Doenças emergentes na cultura de soja
Como uso de fungicidas de maneira preventiva, rotação de mecanismos de ação, respeito às doses e intervalos entre aplicações, aliados a um programa de controle adequado, ajudam no manejo consciente da soja
As plantadoras pneumáticas são as máquinas ideais para os produtores que buscam distribuição homogênea de sementes e mais praticidade na hora de regular o equipamento.
O objetivo das semeadoras de precisão é distribuir no solo certa quantidade de sementes com uma densidade predeterminada, regulada de acordo com o número de sementes por metro linear e espaçamento entre linhas, seja em solo arado e gradeado, ou por plantio direto.
Para realizar todas as operações numa só passada, as semeadoras contam com setores específicos que desempenham as funções de abrir um sulco no solo, dosar uma quantidade de sementes e posicioná-las no solo e cobrir o sulco e firmar o solo ao redor das sementes. Normalmente, as semeadoras também contam com a função de distribuição de adubo e outros produtos, fazendo esta distribuição na mesma passada – estas máquinas também são chamadas de semeadoras-adubadoras.
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As semeadoras devem permitir também obter uma regularidade de profundidade e de repartição da semente na linha, alinhamento e espaçamento perfeitos, uma economia sensível de semente e uma maior rapidez de trabalho. E para atingir os objetivos mencionados, elas devem ser projetadas com sistemas que permitam a polivalência em relação ao tipo de sementes, distribuição regular e fácil regulagem, profundidade constante e possibilidade de trabalho a velocidades elevadas.
As semeadoras devem atender aos diversos sistemas de produção das principais culturas de verão e inverno do Brasil – algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, canola, centeio, cevada, trigo, entre outras e, por isso, possuem sistemas de abertura e fechamento de sulco, e dosagem e distribuição de sementes e adubos com várias regulagens para atender as diferenças entre tamanhos de sementes e densidades.
Atualmente, a semeadora-adubadora é uma das máquinas agrícolas utilizadas no processo de produção agrícola que mais incorpora tecnologia. A precisão durante a operação de semeadura é garantida por mecanismos bem projetados, eficientes e precisos. Porém, são vários os fatores que influenciam sua precisão, principalmente seu mecanismo de distribuição de sementes.
As semeadoras de precisão são as mais utilizadas no país e permitem a distribuição de sementes individualmente com distância umas das outras numa linha, visando facilitar os tratos culturais e a colheita com eficiência. Os espaçamentos das sementes e das linhas de plantio dependem da população desejada por hectare e, para atingir estas metas, as semeadoras precisam contar com um dispositivo específico de dosagem de sementes do seu reservatório e ajuste de linhas no chassi.
Nas semeadoras de precisão comercializadas no Brasil, os principais sistemas de dosagem de sementes são do tipo mecânico, com disco horizontal perfurado, e sistema pneumático. Ambos os sistemas possuem vantagens e desvantagens, mas em se tratando de eficiência em relação ao enchimento de discos, o sistema pneumático apresenta a maior vantagem, onde praticamente não existem falhas na seleção de sementes, ocorrendo o maior aproveitamento da área plantada, com melhor uniformidade na distribuição de sementes no solo. Outra vantagem apresentada é o menor índice de danos mecânicos ocorridos nas sementes, pois não sofrem a ação mecânica que ocorre nos discos dosadores em máquinas de discos perfurados.
Como principais desvantagens, é um sistema que requer manutenção mais dedicada e especializada, devido a inúmeras conexões e juntas dos sistemas pneumático e hidráulico, além de apresentar custo mais elevado de aquisição em relação às semeadoras mecânicas. Em alguns estudos comparativos de sistemas mecânicos e pneumáticos, não se justifica a aquisição de uma semeadora pneumática pelo aspecto custo-benefício, uma vez que ela apresenta pequena diferença em relação à qualidade de distribuição longitudinal de sementes, mas possui grande diferença em relação ao preço, comparando-se a uma máquina mecânica com o mesmo número de linhas.
Os sistemas pneumáticos podem ser do tipo pressão positiva e a vácuo, sendo este último o mais difundido entre os principais fabricantes. Neste sistema, um disco dosador vertical, montado em cada linha de plantio, seleciona as sementes de um pequeno reservatório localizado na base do disco. As sementes são fornecidas ao reservatório de um depósito principal.
Uma pressão de negativa (vácuo) é responsável por manter as sementes aderidas aos furos localizados na periferia dos discos enquanto estes giram. Normalmente, a pressão é proveniente de um ventilador central movido pela TDP ou motor hidráulico acionado pelo sistema hidráulico do trator, ou por ventiladores montados em cada linha acionados por motores elétricos.
Um dispositivo limpador, ou singulador, é responsável por eliminar o excesso de sementes extras que podem estar presas num mesmo furo do disco dosador, evitando as sementes falhas e as duplas. Um mecanismo de corte do vácuo é responsável por interromper a ação da pressão negativa e promover a queda da semente no momento em que ela passa sobre um tubo, onde a semente é encaminhada e depositada no solo.
O tubo, em formato curvo, permite a queda livre da semente, dando a ela um impulso contrário ao movimento da semeadora, evitando os ressaltos e ricochetes durante a queda, melhorando a uniformidade de distribuição longitudinal das sementes.
Quando houver a necessidade de troca de sementes, de acordo com a cultura a ser plantada, é necessária a escolha de um disco com furos compatíveis à nova semente, além do ajuste de pressão do sistema pneumático de acordo com a densidade e o peso da semente. São procedimentos que são realizados rapidamente pelo operador da máquina.
Após a utilização no plantio, várias peças devem ser inspecionadas visando a manutenção periódica do sistema, observando-se principalmente os desgastes das peças plásticas que agem em contato com as sementes, presença de vazamentos de pressão, obstruções, desgastes ou empenos nos dutos de sementes e folga nos rolamentos de eixos.
Ricardo Ferreira Garcia, Uenf
Artigo publicado na edição 147 da Cultivar Máquinas.
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