Zoneamento agrícola do coco para estados do Nordeste

A cultura do coco foi incluída no Programa de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zoagro) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a maioria dos estados do Nordeste, safra 2009. Esta é a primeira vez que Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe são contemplados.

As portarias estão disponíveis no site do Mapa (

). Essa é uma boa notícia para os produtores porque o enquadramento no Programa de Garantia de Atividade Agropecuária (Proagro) está restrito aos empreendimentos conduzidos nas áreas de abrangência do Zoneamento.

Os trabalhos que subsidiaram a inclusão do coco no Zoagro foram coordenados pela pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju – SE) Ana Gama em parceria com agrometeorologistas de outras Unidades da Embrapa. A pesquisadora ressalta que se baseou no resultado de inúmeros trabalhos desenvolvidos com a cultura por uma equipe multidisciplinar da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Unidade da Empresa de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Mapa. “Estamos satisfeitos com a inclusão do coco no Zoagro devido à relevância desta cultura para o agronegócio da região", explica a pesquisadora.

A região Nordeste é a maior produtora de coco do Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a produção de 2007 foi de aproximadamente 1,9 bilhão de frutos. O Nordeste é responsável por 65% e o Estado da Bahia é o maior produtor.

O Zoagro determina quais regiões apresentam aptidão climática para o cultivo de determinadas culturas. As portarias trazem informações, como períodos favoráveis para o plantio com baixo risco de queda da produção por adversidades climáticas, cultivares indicadas e municípios selecionados. O Zoagro é coordenado pelo Mapa e executado por pesquisadores de diversas instituições, entre elas a Embrapa.

Sergipe – No site do Mapa também está disponível as portarias para outras culturas. No caso de Sergipe, o estado foi contemplado com as culturas de algodão, banana, caju, feijão, feijão-caupi, mamona, mandioca, milho e sorgo. Os produtores devem ficar atentos já que se aproxima o período chuvoso – o que representa o início do plantio das culturas anuais.

De acordo com a pesquisadora Ana Gama, a expectativa é que o período chuvoso em Sergipe comece efetivamente em meados de abril. “Neste ano, houve atraso no início das chuvas e aumento da temperatura em todo o estado, o que pode provocar ocorrência de chuva com alta intensidade na primeira quinzena do mês”, explica a pesquisadora.

Gislene Alencar

Embrapa Tabuleiros Costeiros