Yara e illycaffè impulsionam a sustentabilidade na cafeicultura

Resultados de pesquisas em lavouras de Minas Gerais apontam redução de 22% na pegada de carbono

29.11.2024 | 14:50 (UTC -3)
Silvio Moura

Além de qualidade e sabor, a produção do café brasileiro ganha mais um ingrediente: a sustentabilidade. Estudos conduzidos pela Yara, líder mundial em nutrição de plantas, com a illycaffè, líder em inovação em sustentabilidade e relação com produtores, mostram que o cafeicultor pode agregar ainda mais valor ao grão com práticas para redução da emissão de gases do efeito estufa e a pegada de carbono. 

O experimento combinou práticas de manejo regenerativo muito usadas e aceitas na cafeicultura, como o uso de composto orgânico e de plantas de cobertura nas entrelinhas, à aplicação de um programa nutricional completo, que reúne conhecimento agronômico, soluções digitais e fertilizantes de alta tecnologia e baixo carbono - isso porque as fábricas da Yara contam com catalisadores que reduzem em até 60% a emissão de gases de efeito estufa na produção de fertilizantes, interferindo positivamente nos resultados do estudo com a illycaffè. 

“A agricultura responde por aproximadamente 20% das emissões globais de gases de efeito estufa e, dessa parcela, a produção e o uso de fertilizantes correspondem a 11%”, explica Marcelo Gobitta, gerente de Food Chain da Yara Brasil. “As análises produzidas junto a illycaffè revelam o potencial significativo do fertilizante para colaborar com a descarbonização, não apenas ao reduzir as emissões, mas ao trabalhar todo o potencial do solo, que é a grande base para uma agricultura regenerativa. Em outras palavras, o insumo é determinante para o futuro de uma agricultura mais limpa”, completa Gobitta. 

Por meio de lavouras demonstrativas em nove fazendas de Minas Gerais, o estudo avaliou as safras de 2022/2023 e 2023/2024, trouxe resultados importantes deste ciclo produtivo e revelou aumento em produtividade, qualidade, rentabilidade e redução na pegada de carbono dos cafés produzidos.

  • Redução de 22% na pegada de carbono dos cafés produzidos e uma melhoria importante na saúde do solo, que tem papel fundamental na resiliência do sistema produtivo. Esse cálculo da pegada de carbono é feito com a ferramenta “Cool Farm Tool” e compara os insumos utilizados entre os tratamentos e os resultados de produtividade.
  • Incremento de 14% de produtividade em fazendas já altamente produtivas, elevando a média de 48 sacas por hectare a 55 sacas por hectare. Isso levou a um aumento na rentabilidade por hectare, incluindo também acréscimo na quantidade de café com qualidade elegível para ser fornecido à illycaffè com prêmio por qualidade.
  • Avaliação superior de qualidade, conseguindo notas de avaliação no padrão SCA com quase três pontos de ganho, superando os 84 pontos em média.

Os resultados dessas lavouras demonstrativas foram analisados a partir da plataforma digital “Champer”, lançada pela Yara no Brasil e na Colômbia no primeiro semestre deste ano. A solução, que neste primeiro momento está voltada a dar visibilidade sobre o desempenho dos cafezais para torrefadoras e toda a indústria do setor, oferece uma base sólida e precisa para a implementação e acompanhamento de práticas regenerativas. Na prática, Champer funciona em três eixos: aplicativo para captura de dados no campo; painel personalizado conforme os indicadores de sustentabilidade e produção da solução digital; e insights qualitativos a partir das informações levantadas. 

Para Marcelo Gobitta, além dos resultados práticos no campo, a amostra nessas lavouras demonstrativas ressalta a importância de se criar um ecossistema positivo com toda a cadeia de valor do café. “Grandes empresas e traders têm se posicionado fortemente para reduzir os impactos do campo à xícara do consumidor e, com isso, estimulam a transformação em todas as etapas – o que acaba tornando o café brasileiro um case de sucesso para o agronegócio global”, finaliza.

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