Workshop na Embrapa inova na forma de transferir tecnologias ao setor produtivo

05.12.2012 | 21:59 (UTC -3)
Fernanda Diniz

A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 47 unidades da Embrapa, promoveu nos dias 27 e 28 de novembro de 2012, em sua sede em Brasília, um evento inovador com o objetivo de agilizar o repasse das tecnologias geradas pela pesquisa agropecuária na área de controle biológico de pragas ao setor produtivo. O workshop “Insumos de base biológica para o controle de pragas na agricultura sustentável” reuniu representantes de 15 empresas nacionais e multinacionais e cientistas da Embrapa para proporcionar o diálogo e incentivar a formação de parcerias entre os setores público e privado no Brasil.

O objetivo maior, como explica um dos organizadores do evento, o analista da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Marcos Carlos, é “incentivar a transferência e tecnologia ao setor privado e diminuir o caminho entre os resultados gerados nos laboratórios da Embrapa e a sociedade brasileira”. Para isso, o evento foi voltado à troca de experiências objetiva entre os setores envolvidos. “De um lado, seis pesquisadores apresentaram os seus ativos de inovação (produtos, processos, serviços e informações) relacionados ao controle biológico de pragas e de outro, os empresários expuseram as suas demandas”, enfatizou Carlos.

Essas apresentações foram realizadas no primeiro dia do evento para que pesquisadores e empresários pudessem identificar os interesses em comum. O segundo dia foi voltado a reuniões específicas entre os grupos de interesse e à constituição de parcerias de curto, médio e longo prazo para viabilizar a qualificação e expansão do uso de insumos de base biológica para o controle de pragas na agricultura.

A escolha do tema para a realização deste primeiro workshop foi uma resposta da Embrapa à crescente demanda por alternativas sustentáveis para o controle de pragas. Mas, segundo Carlos, futuramente novos eventos deste mesmo formato serão promovidos pela Unidade para promover ativos de inovação gerados por outras áreas do conhecimento científico, como: biotecnologia, nanotecnologia, entre outras.

O analista vê como muito positiva a aproximação entre empresários e cientistas em prol da transferência de tecnologias ao setor produtivo. “Acreditamos que o evento possibilitou aos participantes a imersão na rede de negócios que envolvem a construção do mercado de ativos de inovação com foco em controle de pragas”, ressalta Carlos.

Os pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia que participaram do workshop - Rose Monnerat, Maria Elita de Castro, Marlinda Lobo, Sueli Mello, Marcos Faria e Rogério Lopes – apresentaram ativos de inovação associados ao uso de fungos, vírus e bactérias específicos para controle de pragas na agricultura sustentável.

A Unidade investe, desde a sua criação em 1974, na conservação, estudo e uso sustentável desses micro-organismos como agentes de controle biológico de pragas e insetos transmissores de doenças.

Hoje, conta com coleções de bactérias, vírus e fungos entomopatogênicos (específicos para controlar os insetos-alvo) com potencial para uso sustentável na agricultura brasileira.

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