Livro traz uma reflexão da importância do agronegócio brasileiro para o mundo
Depois de lançar a variedade ‘BRS Platina’ durante o XXII Congresso Brasileiro de Fruticultura, em outubro passado, é a vez de o maior polo produtor de banana do Nordeste conhecer a nova cultivar da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Embrapa, vinculada ao Mapa.
Do tipo Prata e resistente à Sigatoka-amarela e ao mal-do-Panamá – duas das principais doenças da cultura – a ‘BRS Platina’ será apresentada na manhã de quinta-feira, dia 6 de dezembro, no auditório do Distrito de Irrigação Projeto Formoso, em Bom Jesus da Lapa, no oeste baiano.
Segundo o pesquisador Edson Perito Amorim, responsável pelo programa de melhoramento genético de bananeira da Embrapa, a resistência às duas doenças é, justamente, o principal diferencial da nova cultivar. “A ‘BRS Platina’ vem atender à demanda por frutos do tipo Prata, em especial onde há a presença do mal-do-Panamá, doença que limita a produção da cultivar ‘Prata Anã’”, afirma.
A programação inclui palestras, depoimento e visita a área de plantio. Os temas das palestras são: “Manejo integrado do mal-do-Panamá e da Sigatoka-amarela em bananeira Prata nos polos de irrigação” (Zilton Cordeiro, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura), “Ecofisiologia e manejo de bananeira Prata” (Sérgio Donato, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano) e “‘BRS Platina’: uma nova alternativa de banana tipo Prata resistente ao mal-do-Panamá e Sigatoka-amarela” (Edson Amorim). O depoimento será do produtor de banana José Silva, que vai falar sobre o desempenho da cultivar em relação ao mal-do-Panamá na sua propriedade.
São esperados produtores, técnicos extensionistas, produtores ligados a diversas associações e representantes do Banco do Nordeste (BNB), Banco do Brasil, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – Codevasf, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).
A nova variedade apresenta bom perfilhamento, porte médio e características, tanto de desenvolvimento quanto de rendimento, idênticas às da ‘Prata Anã’. Os frutos também parecem com os dessa cultivar em forma, tamanho e sabor, porém devem ser consumidos com a casca um pouco mais verde, à semelhança das variedades do subgrupo Cavendish. Além disso, deve ser colhida de acordo com o mesmo manejo adotado para Cavendish.
A variedade foi desenvolvida em parceria com a Unidade Regional Norte de Minas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig (Nova Porteirinha, MG) e com o IF Baiano (Guanambi, BA).
Iniciado em 1976 com a criação do banco ativo de germoplasma, o programa de melhoramento genético da bananeira liderado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura recomendou, em 1985, as duas principais cultivares utilizadas pelos agricultores brasileiros – ‘Prata Anã’ e ‘Pacovan’. Outras dez cultivares com resistência a doenças e boas características agronômicas foram desenvolvidas até hoje.
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