Workshop debate cenário para arroz safrinha irrigado no Centro-Oeste

O workshop teve como foco central discutir o sistema de produção de arroz em safrinha irrigado por pivô central no estado de Goiás

15.01.2019 | 21:59 (UTC -3)
Hélio Magalhães​

Os consultores agrícolas do segmento de grãos, que atuam em Goiânia e municípios do entorno no abastecimento de arroz, feijão, soja e milho estiveram presentes na manhã do dia 14 de janeiro, na sede da Embrapa Arroz e Feijão, situada no município de Santo Antônio de Goiás - Goiás.

Eles participaram do workshop 'Compartilhando Experiências e Construindo o Sistema de Produção de Arroz em Pivô Central’ evento coordenado pelos analistas de Transferência de Tecnologia da Unidade, Bernardo Mendes e Rodrigo Sergio e Silva.

O workshop teve como foco central discutir o sistema de produção de arroz em safrinha irrigado por pivô central no estado de Goiás, além de incentivar a troca de experiências entre parceiros externos, pesquisadores e analistas da Embrapa para o aprimoramento de práticas sobre manejo de arroz safrinha irrigado.

Entre os temas debatidos pelos participantes ganharam destaque questões ligadas a comercialização, custo de produção e rentabilidade; variedades de arroz adaptadas a região; questões referentes a suscetibilidade; controle de plantas daninhas, controle de doenças e de percevejos. 

A saca de arroz no Centro-Oeste, hoje, está sendo negociada a 59,00 reais – arroz verde e, 62,00 reais – arroz seco, sendo a produção diária em Goiás em torno de 8 mil sacas/dia; segundo avaliação de Garibaldi Devoti, responsável pela área de compras da Cristal Alimentos, uma das maiores indústrias do setor alimentício do Estado que abastece o Centro-Oeste e Norte do país, a região tem potencial de produção em torno de 12 a 15 mil sacas/dia.

Garibaldi ainda afirma que embora a Embrapa tenha variedades de arroz como a BRS Pampeira e a BRS Catiana, cultivares que chegam a ser melhores que as variedades de arroz agulhinha do Rio Grande do Sul, o potencial de produção ainda é menor, o que força as indústrias a trazerem o arroz do Sul.

“O que nós produzimos aqui no Centro-Oeste é pouco para atender à demanda do Centro-Oeste e o Norte; neste cenário produtivo o arroz de terras altas, para a indústria arrozeira, é tido mais para abertura de área ou produção espontanea e não chega a ser uma cultura que se produz, sequentemente, ano a ano”, esclarece.


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