Webinar apresenta informações sobre moscas-das-frutas

Especialistas da Embrapa debatem sobre a praga e os impactos na exportação de frutas

19.07.2021 | 20:59 (UTC -3)
Léa Cunha

Pesquisadores de três Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, vão discutir às 14h desta quarta-feira (21/07), em webinar organizado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA), a ameaça que as moscas-das-frutas representam à fruticultura brasileira.

Os especialistas Marcelo Lopes, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), Antonio Nascimento, da Embrapa Mandioca e Fruticultura, e Cristiane Ramos de Jesus, da Embrapa Amapá (AP), vão ser os palestrantes do evento, que também vai ser transmitido simultaneamente para o YouTube da Embrapa e o facebook da Embrapa Mandioca e Fruticultura.

Palestras

As duas espécies de moscas-das-frutas ausentes no Brasil, a Bactrocera dorsalis e a Anastrepha curvicauda, e a importância da vigilância sanitária vão ser apresentadas por Marcelo Lopes. A Bactrocera dorsalis, por exemplo, tem alta capacidade reprodutiva. Ataca mais de 300 espécies de plantas, como goiaba, laranja, maçã, manga e pêssego. Está amplamente distribuída na Ásia (onde se originou), em locais como Índia, China, todo o Sudeste Asiático, Nova Guiné, ilhas do Pacífico Sul e Havaí, Filipinas e Palau. É a principal e mais destrutiva praga de frutas nos países em que se encontra e está entre as cinco principais pragas agrícolas no Sudeste Asiático. Sua introdução em novas áreas geralmente ocorre via transporte de frutos infestados, especialmente por passageiros aéreos e encomendas.

Já Antonio Nascimento vai falar sobre as espécies de moscas-das-frutas presentes no território nacional — Ceratitis capitata e Anastrepha Spp. — e como se tornou possível o acesso de frutos de manga a mercados internacionais. A Ceratitis capitata é uma das maiores ameaças à fruticultura mundial por atingir diversos tipos e variedades de frutas.

Durante muito tempo, o Brasil só usava o controle químico para combater a praga, prática que fechou as portas de vários mercados internacionais que adotam barreiras fitossanitárias exigentes. Em 1990, uma rede de pesquisa liderada pela Embrapa desenvolveu o tratamento hidrotérmico de frutos de manga para exportação. Além disso, a rede indicou o monitoramento das populações da mosca no campo, a fim de subsidiar o combate feito com métodos isentos de químicos, como a instalação de iscas no pomar e outras técnicas de manejo integrado de pragas (MIP).

A pesquisadora Cristiane Barbosa vai repassar informações sobre a espécie de mosca-das-frutas sob controle oficial, a Bactrocera carambolae, também conhecida como mosca-da-carambola, que atinge 21 espécies vegetais hospedeiras nos estados do Amapá, Pará e Roraima. O Mapa e as agências de defesa sanitária vegetal mantêm um esforço preventivo para evitar a entrada da mosca-da-carambola em áreas produtoras e exportadoras de frutas.

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