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Durante reunião da Câmara Setorial do Trigo, realizada nesta quarta-feira (08/03) no Instituto de Agronomia de Campinas (IAC), no interior paulista, foram apresentados dados da produção de trigo no estado de São Paulo. Desde 2013 houve um aumento na produtividade de 200%, impulsionada, principalmente pelas tecnologias aplicadas no campo e um aumento de 40% da área de cultivo.
“A safra de trigo no estado de São Paulo vem evoluindo de uma forma geral desde 2013, quando reativamos a Câmara Setorial. Foram 200% de aumento no volume de trigo colhido, com a ampliação de apenas 40% de área cultivada. Isso quer dizer que as variedades e as tecnologias implantadas no campo estão surtindo resultado”, explica o presidente da Câmara Setorial do Trigo, Maurício Ghiraldelli. Mesmo com esse aumento, ele acrescenta que ainda muito a crescer, já que o estado é o maior consumidor de trigo do Brasil, mas só produz 10% do que consome.
No encontro também foi abordado pelo especialista da trading Nidera, Rafael Mihailovici, a alteração da alíquota de crédito do ICMS do estado do Paraná para o trigo grão e farinha. Segundo Ghiraldelli, “a alteração contribuirá para venda do trigo produzido no estado, que ficará mais atrativo e gerará maior liquidez”, explicou.
Produtividade
Os representantes das cooperativas Castrolanda, Holambra e Capão Bonito apresentaram suas projeções de cultivo e ressaltaram o comprometimento em diminuir a quantidade das variedades cultivadas na última e próximas safras. A expectativa para a safra de 2017/2018 é de redução de área de plantio, mas com a ressalva de que em virtude das boas condições climáticas esperadas para o período, a produtividade não será afetada, evidenciando uma estimativa de produção próxima da safra 2016/2017 de 270 mil toneladas.
Na sequência, a Supervisora de Qualidade Industrial da Biotrigo Genética, Kênia Meneguzzi, apresentou o trabalho realizado pela empresa sobre o melhoramento genético e explicou todo o processo de pesquisa, como são realizados os cruzamentos das variedades, como nascem as novas cultivares e as avaliações que são feitas das linhagens para posteriormente identificarem se a cultivar será ou não lançada e comercializada no mercado.
Pela ABITRIGO (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), Conrado Mariotti falou sobre o projeto de lei PNRA (Política Nacional de Redução de Agroquímicos), que está em trâmite no Congresso. A intenção da associação foi de informar a cadeia produtiva sobre os principais pontos do projeto e alertar sobre a necessidade do seu acompanhamento, “tem que existir um cuidado para que isso não venha a prejudicar o que vem sendo conquistado pelo produtor”, frisou.
Finalizando a reunião, o Chefe Geral da Embrapa Trigo, Sergio Roberto Dotto, disse acredita ser na Câmara Setorial que os problemas enfrentados pelo setor poderão ser resolvidos. “Hoje a orientação do ministro Blairo Maggi é dar atenção às Câmaras e as reivindicações que resultem destas reuniões. Porque aqui estão os representantes da sociedade e da cadeia, o que traz legitimidade para as ações”.
O evento, que contou com a presença de diversos setores da cadeia produtiva do trigo, como cooperativas, moinhos, sementeiras e indústrias, é organizado pela Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e apoiada pelo Sindustrigo (Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo).
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