Venda de defensivos agrícolas em 2009 foi praticamente igual a 2008

22.01.2010 | 21:59 (UTC -3)

Segundo Ivan Amancio Sampaio, gerente de informação do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola - SINDAG, as vendas de defensivos agrícolas em 2009 totalizaram 12,878 milhões de reais, ou seja, uma variação percentual de 1% com relação a 2008.

No geral, as maiores vendas são destinadas para a classe dos herbicidas - em torno de 40%, fungicidas com 27% e inseticidas com 29%.

A principal cultura foi a soja, seguida pela cana-de-açúcar (que cresceu em relação a 2008, passando do terceiro para o segundo lugar), milho (que passou do 2º lugar para o 3º).

Apesar desse pequeno aumento no faturamento, somente a classe dos fungicidas é que apresentou expressivo crescimento (16,9%), crescimento esse decorrente da ferrugem asiática na cultura da soja, devido ao tempo chuvoso e quente, que é propício ao aparecimento de doenças fúngicas, destaca Sampaio.

Com relação aos herbicidas, a queda em valor é decorrente principalmente à diminuição no preço dos produtos à base do ingrediente ativo glifosato, ou seja, queda de 40% em relação a 2008, o que tornou a relação de troca mais vantajosa para o agricultor e também a queda no preço de outros herbicidas.

"No geral pode se dizer que o mercado manteve-se nos mesmos níveis de 2008 - em reais - com pequeno aumento das vendas em volume (queda de preços favoreceu), com predominancia dos estados de Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Goias", comenta.

Em dólares, a estimativa é de que tenha havido queda de 8% - passando de 7,125 bilhões de dólares em 2008, para 6,559 bilhões de dólares em 2009.

O grande fator foi a variação cambial (que também impactou na redução dos preços reais dos defensivos).

Por classes (em 2009):

Herbicidas - aumento das vendas de milho safrinha, soja, cana-de-açúcar, milho safra, algodão, arroz e pastagens (foi o segmento que apresentou, percentualmente, maior volume de vendas em função da tecnificação maior).

Fungicidas: aumento decorrente principalmente da incidência da ferrugem asiática na cultura da soja (aplicações preventivas e curativas).

Também foi registrado aumento nas vendas para as culturas de feijão, batata, trigo, café e tratamento de sementes.

Inseticidas: também predomina a cultura da soja, seguida pela do milho, algodão, cana-de-açúcar e tratamento de sementes.

Já os acaricidas, 90% é para a citricultura.

E outros para soja, algodão, cana-de-açúcar e fumo (basicamente antibrotantes/reguladores de crescimento).

50 a 60% das vendas de fungicidas são destinadas à cultura da soja.

Para 2010 a expectativa é de aumento entre 5 a 10%, principalmente pela soja, que é a maior cultura, cana de açucar, em função dos bons preços do açúcar no mercado internacional e do algodão, que está com boa perspectiva de aumento de preço também no mercado internacional e do café.

Ivan Amâncio Sampaio

Gerente de Informação Sindag

11 5094-5536 /

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