Vazio sanitário do feijão começa hoje em Goiás

Medida fiscalizada pela Agrodefesa busca reduzir incidência de pragas e doenças em futuros cultivos; restrição perdura até 20 de outubro em 57 municípios

20.09.2024 | 09:52 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Anna Letícia Azevedo
Foto: Wenderson Araujo - CNA
Foto: Wenderson Araujo - CNA

Produtores de 57 municípios goianos devem seguir as regras do vazio sanitário para o feijão, que começou hoje em Goiás. A medida visa o combate à mosca-branca e ao vírus do Mosaico Dourado, que ameaçam as plantações de feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris). A ação é determinada pela Instrução Normativa nº 03/2024 da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), parte do Programa Estadual de Prevenção e Controle de Pragas. O vazio sanitário é obrigatório e requer a eliminação de todas as plantas de feijoeiro, cultivadas ou voluntárias.

Entre 20 de setembro e 20 de outubro, produtores de municípios como Abadiânia, Cristalina e Formosa, devem eliminar as plantas de feijão. Em algumas cidades, como Anhanguera e Catalão, a semeadura será permitida a partir de 6 de outubro, devido a um calendário anterior. A Agrodefesa considera que os produtores dessas localidades não tiveram tempo suficiente para ajustar o plantio, após mudanças implementadas pelo Ministério da Agricultura em junho.

O vazio sanitário é uma medida do Manejo Integrado de Pragas, fundamental para prevenir perdas econômicas causadas pela mosca-branca e pelo vírus do Mosaico Dourado. José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, reforçou a importância dessa ação para evitar prejuízos aos produtores goianos. O vírus pode causar perdas de até 100% da produção.

Exceções poderão ser concedidas pela Agrodefesa para a semeadura em situações específicas, como para pesquisa científica ou produção de sementes genéticas. No entanto, esses casos devem ser solicitados com 30 dias de antecedência e exigem um Termo de Compromisso e Responsabilidade. Daniela Rézio, gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, detalhou que essas autorizações serão dadas com base em dados técnico-científicos que justifiquem a necessidade.

A Agrodefesa também reforça que o cadastramento das lavouras de feijão continua obrigatório em todo o Estado. Mesmo nos locais onde o vazio sanitário foi suspenso, é necessário que a Agência identifique e monitore as áreas plantadas.

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