Uso de tecnologias híbridas e unificadas devem ser a base da evolução tecnológica no negócio florestal

O tema Manejo Florestal avançado com o uso de tecnologias híbridas e unificadas encerrou as apresentações do 2º painel do 9º workshop Embrapa Florestas/Apre

09.08.2022 | 14:21 (UTC -3)
Embrapa

O tema Manejo Florestal avançado com o uso de tecnologias híbridas e unificadas encerrou as apresentações do 2º painel do 9º workshop Embrapa Florestas/Apre, no dia 03 de agosto. O assunto foi trazido por Maurício Tolfo, engenheiro florestal e executivo de contas da Trimble, empresa estadunidense que atua na implantação de novas tecnologias em empresas florestais. 

A palestra abordou os problemas encontrados na administração da informação florestal, atualmente, como, por exemplo, a dificuldade em se obter uma rápida e transparente comunicação entre as diversas áreas do negócio florestal. “A comunicação clara entre os vários setores de uma empresa florestal e a gestão da informação evitaria os mais variados controles paralelos, além de problemas também para controlar e transmitir dados operacionais consistentes do campo para o escritório, o que dificulta uma tomada de decisão rápida, orientada em dados, otimizações futuras, dentre outros”, diz.

Tolfo enfatizou a necessidade de uma base tecnológica forte para propiciar avanços. “Precisamos de uma boa base em tecnologia instalada e consistente para podermos avançar futuramente nas próximas etapas de maturidade e evolução tecnológica”, afirma. Para tanto, foram citadas as tecnologias híbridas que utilizam multiplataformas. “Estas já existem no mercado, como, por exemplo, o celular no campo para coletar informações ou soluções embarcadas nos equipamentos florestais que fazem a gestão das informações, mas elas precisam ser mais utilizadas”, diz. Além disso, Tolfo citou soluções unificadas e integradas, como uso de piloto automático, sistemas de análise do processo industrial que correlacionam o tipo de manejo empregado ao tipo de madeira gerada. A conectividade (internet com o uso do 4G) também foi citada, que proporciona captar dados no campo de forma mais rápida. 

“Estes são a base para qualquer processo de maturidade de evolução tecnológica que está por vir futuramente. E tendo tudo isso mapeado e dispondo destas tecnologias se consegue evoluir para processos de BI (Business Intelligence), Inteligência Artificial, otimizadores, Machine Learning, robótica e, com isso, será possível otimizar a cadeia e trazer grandes retornos financeiros”, afirma. De acordo com Tolfo, é sabido que existem algumas soluções periféricas que trazem também grande valor ao cliente e que são facilmente integradas com as soluções já utilizadas, via protocolos de comunicação padrão de mercado. 

Benefícios

Entre os benefícios apontados com estes usos, estão o monitoramento contínuo de toda a cadeia de produção florestal, que permitem o aumento de produtividade, otimizações e automações; a criação de modelos de negócios mais flexíveis, sustentáveis e com menores custos e governança participativa, com subsídios para a transformação digital.

Além de abordar a importância de se possuir uma boa estrutura, Tolfo finalizou dando ênfase à necessidade de haver pessoas qualificadas para gerenciar a informação florestal e otimizar processos da cadeia de produção.

O 9º Workshop é uma realização da APRE e da Embrapa Florestas, com patrocínio de Becomex, Lavoro/Florestal, Remsoft e Trimble; e apoio de Abimci, Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Sistema Fiep, Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Unicentro Paraná e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

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