Uso de bioinsumos impede perdas na produção de frutas devido à crise hídrica
Mesmo em situações de crise hídrica como o atual, o uso de bioinsumos nos cultivos contribui para diminuir o impacto devastador da seca
A unidade mineira da Agristar do Brasil, situada em Guimarânia (MG), está completando 10 anos em 2021. Concebida para ser um centro de pesquisa e melhoramento genético de variedades tropicais, a sua recente mudança para um espaço maior e com melhor infraestrutura, possibilitou a ampliação dos trabalhos desenvolvidos.
Segundo o diretor de desenvolvimento de produtos Maurício Coutinho, foi construída uma nova infraestrutura além de um novo e moderno sistema de irrigação e de "cages" mais eficiente e prático. “Nosso foco de trabalho é o melhoramento tropical de cenoura, quiabo e tomates Santa Cruz e Saladete, com genética 100% nacional. Estes grupos de produtos têm grande representatividade dentro do nosso potencial de mercado no Brasil e são estratégicos para a Agristar aumentar o seu market share dentro dos próximos anos”.
Para o gerente de Melhoramento de Plantas, André Mattedi, a unidade representa perfeitamente as condições tropicais que se busca nas pesquisas: elevada luminosidade, altas temperaturas, alta pluviosidade (chuva) e alta umidade do ar durante diferentes épocas do ano. "Na unidade são desenvolvidos, principalmente, o melhoramento genético de plantas, desde a formação de novas linhagens, avanço de gerações, manutenção de linhagens existentes e cruzamentos de plantas com objetivo de formar novos híbridos para serem testados", ressalta.
Mattedi, que é Doutor em Genética e Melhoramento de Plantas, explica ainda que as pesquisas realizadas na unidade têm o objetivo de criar variedades que se adaptem em diversas regiões do país, não somente com foco para a região. "Uma vez que o trabalho é para formação de uma genética tropical, podemos pensar em adaptação para praticamente todo o Brasil em alguma época do ano e até mesmo para outras regiões do mundo".
Ele completa que os cruzamentos são realizados a fim de se desenvolver híbridos que comportem todas as qualidades que o mercado exige, como produtividade, resistências, qualidades sensoriais entre outras características. Esse é um trabalho complexo que leva anos até se chegar a um produto com as especificações desejadas.
Iniciamos na unidade com o melhoramento de cenouras e quiabos, e posteriormente com o programa de melhoramento de tomates Santa Cruz e Saladete. Durante todos esses anos temos avaliado e selecionado plantas que melhor se adaptam às nossas condições, avançando gerações e formando linhagens para posterior criação de híbridos. Também temos montado inúmeros campos experimentais para selecionar produtos para outras culturas de interesse para a região. O trabalho que a equipe de Pesquisa e Desenvolvimento tem feito nesses últimos anos usando a unidade em Guimarânia tem permitido o lançamento de produtos que hoje são sucesso em nosso portfólio comercial.
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