Unica mostra vantagens ambientais do etanol de cana

03.06.2009 | 20:59 (UTC -3)

O setor canavieiro oferece soluções concretas para reduzir a emissão dos Gases de Efeito Estufa. Este foi o principal recado que o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank, levou aos participantes da Cúpula Mundial de Negócios sobre Mudanças Climáticas.

O evento foi realizado semana passada, em Copenhage, na Dinamarca. “O setor sucroenergético é um exemplo de como os países em desenvolvimento podem inovar na agricultura tanto para gerar crescimento econômico como para aprimorar a saúde do planeta”, defendeu Jank. Segundo ele, estudos comprovam que o etanol de cana-de-açúcar reduz em até 90% as emissões de Gases de Efeito Estufa em comparação com a gasolina.

Na avaliação do presidente da Unica, a produção crescente de etanol de cana não impacta a segurança alimentar, pois apenas 1% da terra arável do Brasil é ocupada por canaviais destinados à produção do biocombustível. E também não é responsável pelo desmatamento da Amazônia, pois a produção se concentra no Centro-Sul (87%) e no Nordeste (13%).

“Atualmente, a produtividade da criação de gado tem sido de 0,9 cabeça por hectare, mas a tendência é que este valor seja ampliado para 1,4 cabeça por hectare. Com isso, 70 milhões de hectares poderão ser liberados para a expansão das lavouras, ou seja, uma área 20 vezes maior do que a utilizada hoje para a produção de etanol”, calcula Jank.

O presidente da Unica defendeu no encontro de líderes empresariais a adoção de uma política consistente contra o desmatamento, o que tem sido sugerido pelo setor sucroenergético no Brasil. Marcos Yank afirmou que é preciso gerar valor para a floresta em pé, considerando, por exemplo, os créditos de carbono possíveis pela manutenção das matas.

Destacou ainda a necessidade de encorajar o uso planejado da terra e de estimular a produção e o consumo dos biocombustíveis de alta performance, com impactos menores no ambiente. Mais de 700 líderes empresariais participaram do evento, que também contou com a presença de autoridades internacionais como o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.

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