Unesp estuda dinâmica de defensivos

23.01.2013 | 21:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

Professor da Unesp de São José do Rio Preto, Altair Benedito Moreira realiza a pesquisa ‘Estudo da dinâmica dos defensivos glifosato, fipronil e seus derivados na Bacia Hidrográfica do Turvo/Grande-SP’.

O pesquisador lembra que o Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, com área de plantio em torno de 5 milhões de hectares. Somente o Estado de São Paulo é responsável por 60% da produção brasileira, com um total de 350 usinas/indústrias instaladas, onde a região noroeste do estado tem apresentado uma expansão recente e significativa de tal cultura.

No cultivo da cana-de-açucar é empregado grande quantidade de defensivos, sendo o Glifosato e o Fipronil um dos mais utilizados no cultivo desta cultura. As principais características destes compostos e seus produtos de degradação são elevada toxicidade e persistência, o que pode refletir num impacto direto para os diferentes usos da água e do solo, podendo comprometer a qualidade deste ambiente e consequentemente a manutenção da vida aquática.

O projeto tem como principal objetivo avaliar a dinâmica dos compostos glifosato e fipronil, bem como seus produtos de degradação em corpos aquáticos da região noroeste do Estado de São Paulo.

“Para isto, será determinado o estoque destes defensivos e seus principais produtos de degradação nas matrizes águas superficiais, solo e sedimentos contemplando dois períodos hidrológicos, sendo uma coleta realizada durante a estiagem e a outra em período de chuvas”, explica Moreira. “Serão amostrados locais representativos ao longo dos rios Preto, Turvo e Grande na bacia hidrográfica do Turvo/Grande.”

Os parâmetros físico-químicos da água, como pH, oxigênio dissolvido, temperatura e condutividade elétrica serão quantificados nas amostras in situ. No laboratório será quantificado o carbono orgânico total empregando um Analisador de Carbono Orgânico Total. Nas amostras de solo e sedimentos serão determinados pH e teor de matéria orgânica, análise elementar (CHNOS) e granulometria.

A extração dos defensivos e seus metabólitos em água será feita por meio de extração em fase sólida (cartuchos C18), sendo que para amostras de solos e sedimentos será utilizada a técnica de extração por Soxhlet ou ultra-som, de acordo com as características do ingrediente ativo.

A quantificação destes defensivos e de seus metabólitos será feita empregando a técnica de Cromatografia Gasosa Acoplada a Detector de Massas (GC-MS). Estudos de adsorção/dessorção dos defensivos fipronil e glifosato e seus produtos de degradação serão realizados em solos amostrados na região empregando experimentos em batelada.

“Os coeficientes de adsorção e dessorção serão determinados empregando o modelo de isotermas de Freundlich. Os resultados gerados neste projeto fornecerão informações integrantes sobre os impactos do uso e ocupação do solo, bem como da dinâmica de defensivos e seus principais produtos de degradação para os corpos aquáticos em questão”, explica a pesquisadora.

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