Congresso Andav: setor de distribuição de insumos investe em CRM para melhorar tomada de decisão
Mercado é cada vez mais volátil, exigindo informações e orientações confiáveis para o desenho de uma boa estratégia de comercialização
Atividades realizadas pela Geração Z, combinadas aos costumes adquiridos por todos no pós-pandemia da Covid-19, estão dando o tom para tendências e adaptações mercadológicas no varejo no que tange ao consumo de produtos frescos. A constatação foi apresentada durante a manhã de conferência no último dia da 8ª The Brazil Conference & Expo em painel dividido por Darren Seifer, diretor executivo e especialista em Tendências de Alimentação da Circana, consultoria em pesquisa de mercado, e por Samuel Vânio Costa Júnior, CEO do Grupo Enxuto.
Sob o tema “Fresh Insights: Revelando tendências e seu impacto no varejo”, os executivos demonstraram que o consumo de Frutas, Flores, Legumes e Verduras (FFLV) continua aumentando, seja nos Estados Unidos - representado por Darren - ou no Brasil, com a visão de Samuel. Como elo para tal afirmação, além da comercialização interna, a exportação desses produtos tem aumentado significativamente e foi chancelada, ranqueando o Brasil como o 3º maior exportador de frutas do mundo.
Como exemplo, dados da Circana National Eating Trends, indicam que 87% dos americanos fazem suas refeições em casa desde a pandemia, com o percentual flutuante de até 3% negativo no último ano. Darren Seifer comentou que este percentual traz novas oportunidades para ocasiões de consumo e, consequentemente, de aumento de vendas. “O consumidor busca maneiras de colocar comida na mesa de forma mais rápida, mas prefere as frescas e com valor agregado. Por isso é importante entender os comportamentos e chegar aonde o cliente está”, exclamou. A pesquisa também revela que comidas frescas, prontas para comer ou que finalizam em até cinco minutos são as preferidas, prioritariamente no almoço (32%) e no jantar (36%), ficando os demais cadenciados entre café da manhã e lanches.
Já Samuel Júnior complementou, em palestra subsequente, que tendências em vias de consolidação, como as facilidades proporcionadas por Inteligência Artificial (IA), direcionam para a aceitação e adaptabilidade do consumidor, visto que são ferramentas com as quais o público-alvo não estava acostumado. “No fim do dia, é saber associar as tecnologias corretas para cada negócio. Esse é o grande diferencial para as tomadas de decisões”, explicou, acrescentando que “não é fácil escutar o que o cliente tem a dizer das nossas operações, mas o reflexo desses retornos podem nos ajudar a tomar atitudes corajosas para o dia a dia”.
Inclusive, a IA foi o tema abordado por Arthur Igreja, escritor e mentor de negócios, que finalizou a conferência com a palestra “O Futuro do Varejo: Como a IA humaniza e personaliza a experiência do consumidor FFLV”. O palestrante ressaltou que o aprendizado de máquina pode ser utilizado por qualquer processo, mas deve ser aliado à proatividade, para assim surgir a produtividade. “Sugiro que as pessoas busquem ferramentas diferenciadas, além das mais conhecidas. Entendam o que é valioso para a necessidade específica. Assim elas terão meios para ‘devolver’ o tempo para fazer coisas mais valiosas. A questão não é só a tecnologia, mas como você direciona e personaliza”, ponderou.
O expositor Veiling Holambra, cooperativa de plantas com 450 associados, trouxe exemplo de tendência e personalização focado nos pequenos, com o conceito ‘Veiling Kids – Meu Primeiro Vasinho’. Jorge Possato, CEO da cooperativa, celebrou o pioneirismo na iniciativa que pode trazer benefícios para o desenvolvimento infantil. “No Veiling Holambra, acreditamos que cada flor e cada planta tem o poder de transformar espaços e vidas. Com o projeto ‘Kids – Meu Primeiro Vasinho’, estamos cultivando não apenas flores, mas também alegria, saúde e um amor duradouro pela natureza nas novas gerações”.
No segmento de FLV e saladas ‘prontas para comer’ e alinhados com tecnologia de ponta, o Grupo Vegetais Saudáveis lançou campanha com o mote “Unindo forças para alimentar o futuro”. O intuito é demonstrar o compromisso com a alta tecnologia para enfrentar as mudanças climáticas, garantindo qualidade e segurança do alimento que chega ao consumidor, além do relacionamento justo com o varejo. “Estamos preparados para enfrentar os desafios colaborando com a pegada de carbono, com uso racional de plástico, desenvolvimento de embalagens sustentáveis e no trabalho, junto às famílias, para aumentar o consumo de FLV e promover saúde e bem-estar da população”, finalizou Amauri Vieira, presidente do Grupo Vegetais Saudáveis.
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