Simpósio “Desafios da Fertilidade do Solo na Região do Cerrado”
Com objetivo de buscar alternativas para minimizar os danos com a lagarta Helicoverpa armigera, que na safra 2013/14 causou prejuízos de R$ 931,93 milhões aos produtores de Mato Grosso, a Aprosoja participa agora em março de um programa científico na Austrália.
“A intenção é adquirir conhecimento estratégico e de intercâmbio tecnológico a fim de estudar a possibilidade da adoção de algumas ações para prevenir e combater esta praga”, explica Nery Ribas, diretor técnico da Aprosoja. Ele participa até o dia 25 de março do programa nacional de Combate à Praga Helicoverpa armigera da Austrália.
O país já registrou e erradicou o maior surto da praga e se destaca como exemplo a ser seguido. Os produtores australianos convivem com a doença desde 1960, e o programa é focado em práticas agronômicas que são adotadas pelos produtores com acompanhamento de especialistas em diversas áreas, tais como de Refúgio, uso da Tecnologia Transgênica Bt, aplicação de produtos agroquímicos, Manejo Integrado de Pragas (MIP) e campanhas de esclarecimento.
Segundo o coordenador da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura, Wanderlei Dias Guerra, que também está participando do programa, uma das alternativas regulamentadas para controle da Helicoverpa na Austrália é a destruição de pupas no solo e uso de Culturas Armadilhas.
“Além da obrigatoriedade da adoção do refúgio quando se usa por exemplo o algodão Bt, a destruição de pupas e cultivos armadilhas faz parte de um acordo com a empresa detentora da tecnologia, produtores e o Ministério da Agricultura Australiano”, explica ele.
Mas ele lembra que uma das mais promissoras e ecologicamente sustentáveis alternativas para o controle da Helicoverpa é o uso de produtos biológicos. Um exemplo é o vírus HZNPV que tem sido eficiente, especialmente em gramíneas (milho, sorgo e milheto) e também em leguminosas (soja e feijão). “É uma alternativa que ajuda a preservar os inimigos naturais e diminui a pressão de seleção pelo intensivo uso de químicos e deve ser considerada num programa de monitoramento (MIP)”.
Recomendação: Nesta etapa pós-colheita da cultura da soja, a Aprosoja alerta os produtores para o controle das plantas tigueras da cultura, como também a realização do MIP e do MID (Manejo Integrado de Doenças) nas áreas de milho e outras culturas subsequentes. O objetivo é evitar que pragas e doenças percam o nível de controle e causem maior prejuízo aos produtores.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura