Trabalho sobre babaçu é apresentado em evento nos EUA

08.02.2010 | 21:59 (UTC -3)

A pesquisadora da Embrapa Meio-Norte Mariana Carvalhaes apresentou o trabalho ‘A aplicação do conceito de palmeiras de babaçu livre em áreas urbanas no Nordeste do Brasil’ nos Estados Unidos.

A Conferência ‘Construindo Conservação e Desenvolvimento na América Latina e África: Contextos em Mudança, mudança de estratégias’, ocorreu de 28 a 30 de janeiro, na Universidade da Flórida, em Gainesville (USA).

Esta conferência tem como objetivo reunir e discutir as tendências emergentes quanto à conservação e desenvolvimento para definição de soluções duradouras para promoção, conservação e desenvolvimento econômico no que tange os recursos naturais e sua relação com a pobreza, desigualdade e políticas públicas.

O trabalho da pesquisadora foi apresentado em forma de pôster e é fruto de um estudo piloto que visa compreender a dinâmica das florestas de babaçu no Nordeste do Brasil e a importância social e econômica deste produto florestal não madeireiro.

De acordo com Mariana Carvalhaes, a ideia do "babaçu livre" foi concebida para garantir o direito de livre acesso e uso para as quebradeiras de coco babaçu, mesmo dentro de propriedade privada. Apesar da ausência de legislação estadual, a Embrapa Meio-Norte garante o acesso a suas florestas de babaçu urbano (553,187.58 m²) desde 2000. Nesta área urbana as quebradeiras de coco babaçu são exclusivamente mulheres, que muitas vezes têm nessa atividade sua única fonte de renda da venda do óleo de amêndoa. A média é de 5 litros de óleo por semana cada. Elas também usam o carvão de babaçu para a subsistência.

Dando continuidade às ações com babaçu, está prevista ainda a descrição das práticas de gestão utilizadas pelas quebradeiras de coco babaçu; o estudo da estrutura e dinâmica das populações de babaçu; a comparação do rendimento com as áreas livres de colheita e o desenvolvimento de um plano de manejo de colheita, para esta área, utilizando métodos participativos. ‘É contemporânea e evidente a mudança nas forças motrizes no contexto do babaçu quanto à geração de bioenergia, especialmente na região meio-norte. Vários aspectos do babaçu são alvo de pesquisa no CPAMN. Todos os conhecimentos apresentados foram de grande importância para discussão do tema’, destacou a pesquisadora.

Ainda durante a viagem, Mariana Carvalhaes visitou laboratório do Departamento de Vida Selvagem e Conservação, na Universidade da Flórida. A visita teve como objetivo discutir interesses mútuos de pesquisa entre a Embrapa Meio-Norte e o Laboratório, em especial questões ligadas à pesquisa com babaçu e agricultura de forma geral.

Eugênia Ribeiro

Embrapa

86 – 30899240 /

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