Tecnologias adaptadas mudam a vida de pequenos produtores do DF

23.04.2015 | 20:59 (UTC -3)

Com uma das agriculturas mais competitivas do Brasil, o Distrito Federal é conhecido pelos excelentes índices de produtividade das grandes culturas, como soja, milho e feijão. Mas, o que poucos sabem, é que boa parte dos dados positivos do agronegócio da região é fruto do trabalho de pequenos agricultores.

De acordo com dados do último Censo Agropecuário do país, o Distrito Federal possui cerca de dois mil estabelecimentos da agricultura familiar. Pimentão, tomate, mandioca, mel e leite, estão entre alguns dos destaques da produção local, que passa a ganhar visibilidade nacional.

O constante desenvolvimento de tecnologias adaptadas aos pequenos produtores é um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento do setor. Nesse âmbito, parcerias público-privadas vêm inovando, com técnicas e equipamentos, o dia a dia dos trabalhadores do campo.

Na região do Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF), uma parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e a Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), divulga, anualmente, as principais novidades para o setor, no Espaço de Valorização da Agricultura Familiar (EVAF), na AgroBrasília.

Em 2015, o espaço apresentará quatorze circuitos diferentes dentre Floricultura, Piscicultura, Olericultura, Avicultura, Apicultura, Pecuária, além de outros. Segundo Névio Guimarães, coordenador do EVAF, a promoção de técnicas agrícolas que incrementem a produção dos pequenos agricultores é o principal objetivo do espaço. “Desde que a Feira teve início, há oito anos, podemos enumerar diversas tecnologias apresentadas no EVAF que estão sendo difundidas no campo. Iniciativas como essa são responsáveis pela melhoria na qualidade de vida, alimentação e bem-estar social”, diz.

Foi em busca de crescimento que o produtor de mel, Ronildo Rones, visitou o EVAF, pela primeira vez, há três anos. Inicialmente, a ideia era dinamizar uma criação de coelhos, mas foi na apicultura que ele encontrou o caminho para o desenvolvimento dos negócios.

Segundo Rones, o que antes era mantido apenas para consumo doméstico, tornou-se sua principal fonte de renda. “Tinha apenas duas caixas de abelha para consumo próprio. Hoje, contabilizo 23 caixas e já pretendo aumentar a produção”, conta.

Para o agricultor, além do conhecimento sobre apicultura, o EVAF trouxe consciência ambiental. “Estou construindo um viveiro de plantas na propriedade e também distribuindo mudas pela vizinhança. Aprendi que as plantas, além de atrair as abelhas, protegem as nascentes. Assim, a gente contribui com o meio ambiente e ainda evolui nos negócios”, enfatiza.

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