Tecnologia sustentável para controle de ervas daninhas é eficaz na fruticultura

Capina elétrica zero carbono da Zasso Group obteve resultados em testes a campo realizados por instituições de pesquisa na Europa em frutas com e sem caroço

07.06.2021 | 20:59 (UTC -3)
Kassiana Bonissoni

O Brasil ocupa a terceira colocação no ranking da produção mundial de frutas e é responsável por 4,6% do volume colhido, com um total de 39,9 milhões de toneladas, segundo o Deral (Departamento de Economia Rural do Paraná). A laranja é a principal fruta produzida no País, em volume, com 16,7 milhões de toneladas saídas dos pomares em 2018, e responde por 40,9% das colheitas totais na fruticultura. A base agrícola dessa cadeia produtiva possui cerca de 2,3 milhões de hectares e gera quase 5,0 milhões de empregos diretos.

Os bons números do País se devem principalmente pela extensão territorial, posição geográfica e condições de clima e solo privilegiadas. Outra parte dos bons resultados contempla o uso de tecnologias, cuidados dos produtores com a produção e uma boa manutenção das áreas das árvores. Tudo isso contribui significativamente para a obtenção destes rendimentos de alta qualidade.

Falando especificamente das áreas das árvores é preciso manutenção e muita atenção para assim reduzir a competição por água e nutrientes que as ervas daninhas causam. Tradicionalmente os fruticultores utilizam principalmente herbicidas foliares e de solo para resolver o problema. Contudo, o uso desses produtos está sob crescente pressão em todo mundo, incluindo o Brasil. “As autoridades responsáveis pelo licenciamento estão tornando mais rígidas as regras para o uso de ingredientes ativos ou proibindo-os. O uso de glifosato em particular é controverso e está sendo bastante questionado. Nos últimos 16 anos, o número de ingredientes ativos comumente utilizados diminuiu em 37%”, aponta o Co-CEO da Zasso Group, Sergio Coutinho.

Por isso, são necessárias alternativas cada vez mais “verdes”, com emissão zero carbono por exemplo, como a proposta da multinacional que tem sede na Suíça, especialista em soluções elétricas para o controle das temidas ervas daninhas. Para comprovar a eficácia dessa tecnologia na fruticultura foram realizados ensaios por diferentes instituições de pesquisa na da Europa com uvas e frutas com e sem caroço.

Testes na Alemanha

Um destes testes foi realizado na Alemanha, dentro da estação experimental de frutas do Centro de Serviços Ländlicher Raum - Rheinpfalz, Klein-Altendorf, na cidade de Rheinbach. Em 2020, dois métodos de capina foram comparados pela equipe de pesquisa, uma referência mecânica e a tecnologia Electroherb da Zasso Group utilizando a máquina XPS.  Os resultados mostraram uma redução efetiva de ervas daninhas com as duas modalidades, porém na elétrica, a cobertura delas diminuiu ainda mais, com controle visível 14 dias após a aplicação.

No final da estação, em outubro, o tratamento Electroherb apontou uma cobertura de ervas daninhas menor do que o mecânico, o que indicou o efeito sistêmico característico da solução da Zasso Group. “Nossa tecnologia reduziu o potencial de recrescimento de ervas daninhas. Inclusive as típicas ilhas de capim ao redor dos caules (que são um problema no tratamento mecânico) foram efetivamente controladas pelo Electroherb”, explica Coutinho.

Ou seja, aplicada pelos dois institutos de pesquisa, mostrou que seu modo de ação representa uma alternativa adequada para os fruticultores. A partir disso, a empresa realizará pequenas adaptações nos aplicadores e que foram percebidas nos ensaios. “Bem-sucedidas com certeza permitirão uma transição rápida do controle químico de ervas daninhas de pomares convencionais, bem como de práticas de cultivo orgânicas, principalmente mecânicas, para a solução de ervas daninhas elétricas, ambientalmente correta e muito mais conservadora do solo”, relata o Co-CEO da empresa.

Comparação
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O meio ambiente agradece

Com atenção especial ao comportamento ambiental da capina elétrica, as universidades e instituições de pesquisa avaliaram o impacto na vida do solo e não encontraram danos severos nem em Colêmbolos, que são artrópodes presentes na terra, e nem nas minhocas durante dois anos de aplicações extensivas. “Durante a utilização da nossa solução não há aquecimento térmico do solo e a integridade de sua estrutura não é afetada. Ou seja, o ambiente continua preservado. Com esta perspectiva, a tecnologia Electroherb pode ser considerada um método de controle de ervas daninhas ecológico e eficaz”, finaliza Coutinho.

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