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A Embrapa Instrumentação desenvolveu um método de inteligência artificial para detectar a lagarta-do-cartucho no milho. O sistema utiliza câmeras simples para registrar imagens em folhas e espigas. Em seguida, algoritmos de aprendizado de máquina classificam os estágios da praga. A tecnologia analisa textura, cor e forma para reconhecer o inseto. O estudo avaliou 2.280 imagens e conseguiu distinguir cinco fases de desenvolvimento da lagarta.
Os pesquisadores Alex Bertolla e Paulo Cruvinel destacam que o método reduz a subjetividade de análises visuais feitas a campo. Hoje, a identificação depende da observação humana e de armadilhas de feromônio, que detectam apenas mariposas adultas, quando já não causam danos à lavoura.
A proposta combina visão computacional, estatística multivariada e redes neurais artificiais. Uma rede convolucional (CNN) foi treinada para classificar imagens da lagarta em diferentes estágios. O desempenho foi comparado a máquinas de vetor de suporte (SVM), com bons resultados de precisão e tempo de processamento.
O sistema foi programado em Python e testado em condições reais de campo, com imagens de folhas e espigas. A equipe afirma que câmeras acopladas a tratores ou drones podem capturar as imagens durante operações agrícolas, o que abre caminho para monitoramento automatizado.
Os testes mostraram que o método pode ser incorporado a futuros equipamentos de agricultura de precisão. O uso em plataformas embarcadas permitiria identificar a praga em tempo real e apoiar decisões de controle químico ou biológico.
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