O tempo dos sensores no agronegócio é tema inédito no 8º Congresso de Marketing Rural
O treinamento em cafeicultura “Produção de Mudas e Beneficiamento Ecológico de Café”, parte do projeto de cooperação internacional Brasil – Venezuela realizado em Viçosa-MG e Venda Nova do Imigrante-ES durante toda esta semana, teve boa avaliação e aproveitamento por parte dos pesquisadores e técnicos venezuelanos do Instituto Nacional de Investigaciones Agricolas – INIA. A iniciativa é coordenada pela Embrapa Café em parceria com Incaper, UFV e Epamig, instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café.
A agrônoma Dayana Alvarado avaliou positivamente o evento. “Estamos tendo acesso a informações técnicas e a experiências que não teríamos em nenhum outro lugar. Além disso, a liderança do Brasil em pesquisa de café é a melhor referência que podemos ter. Queremos levar esse conhecimento para o nosso país, adaptando às nossas condições, claro, o que nos deixa bastante animados com as perspectivas promissoras que teremos”.
Luis Durán, também técnico da Venezuela, acredita que a bagagem que adquiriram durante o curso será muito importante para incrementar a produção de café de seu país. “Trabalhamos diretamente com os produtores e nosso trabalho será multiplicar esse conhecimento adquirido. Estamos satisfeitos com o resultado e esperamos que essa parceria com o maior produtor de café do mundo, o Brasil, continue nos impulsionando”.
O pesquisador da UFV Juarez de Sousa, especialista na área de pós-colheita, um dos temas abordados durante o treinamento, ressaltou a importância da iniciativa. “Como parte do treinamento, levamos os técnicos a campo para verem, na prática, como funcionam as tecnologias. Também houve palestras sobre pós-colheita e irrigação. Eles foram recebidos pela nova direção do Departamento de Engenharia Agrícola da UFV, tiveram acesso a materiais didáticos e de resultados de pesquisa e foram acompanhados por mim até o Espírito Santo para completar os ensinamentos em pós-colheita de café. Considero que estamos oferecendo o que de melhor temos para compartilhar nosso conhecimento e experiência”.
Os conteúdos foram desenvolvidos em abordagens práticas e visitas às áreas de processamento pós-colheita, viveiro de produção de mudas e pequenas propriedades de café, tanto em Minas Gerais como no Espírito Santo, estimulando a discussão de dúvidas e a avaliação de aspectos técnicos.
O objetivo do treinamento foi apresentar, de forma consistente, prática e objetiva, técnicas e fundamentos relacionados às etapas de colheita e pós-colheita do café, bem como novas tecnologias e cultivares com elevado potencial produtivo, e nivelar conhecimentos sobre produção de mudas, implantação e condução da lavoura, identificando pontos ou temas que requerem maior atenção para contribuir para solução de problemas que representem gargalos para o sucesso da atividade cafeeira na Venezuela.
Além disso, o treinamento capacitou os participantes para operação de equipamento para o beneficiamento ecológico do café; informou sobre os principais problemas/soluções relativos à implantação e condução de lavouras de café; e incentivou a atividade da cafeicultura na Venezuela, possibilitando maior oferta do produto com qualidade e, conseqüentemente, reflexos positivos na renda familiar do produtor.
O projeto é parte do Acordo Básico de Cooperação Técnica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Bolivariana da Venezuela, assinado em 2007, que contempla ainda outras culturas. A coordenação é da Secretaria de Relações Internacionais da Embrapa – SRI e o financiamento da Agência Brasileira de Cooperação – ABC. O objetivo é contribuir para a organização de comunidades cafeicultoras por meio do uso de tecnologias agroecológicas para a produção de mudas de variedades melhoradas e do beneficiamento ecológico em pequena escala.
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