O tempo dos sensores no agronegócio é tema inédito no 8º Congresso de Marketing Rural

08.07.2011 | 20:59 (UTC -3)
Paulo Roque

Agronegócio: da Revolução Verde à Sensorialidade é o tema da palestra que José Luiz Tejon Megido, presidente da TCA International, apresentará durante o 8º Congresso Nacional de Marketing Rural. O congresso, organizado pela ABMR&A – Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio, será realizado nos dias 27 e 28 de julho, em São Paulo, no Transamerica Expo, durante as feiras de negócio INDUSPEC e AGRINSUMOS, promovidas pelo Grupo Informa.

Com este tema inovador e, ainda, pouco debatido por especialistas do setor, Tejon, tomando como ponto de partida a Revolução Verde, que teve seu início em 1970, coloca em questionamento os caminhos que o agronegócio tomará nos próximos 10 anos. Como ele mesmo explica, “a Revolução Verde teve como seu símbolo o agrônomo Norman Ernest Borlaug, Prêmio Nobel da Paz, por sua contribuição no combate à fome mundial. O modelo trazia a nova tecnologia da nutrição das plantas, das sementes híbridas , das práticas modernas na busca da produtividade agrícola. Vivíamos a era da produção em massa e da quantidade acima de tudo, para alimentar o mundo. O tempo passou e entramos numa nova revolução, nos últimos 20 anos. O tempo dos sensores”.

Assim, segundo Tejon, “passamos a saber o que não sabíamos antes, desde o impacto de determinadas combinações químicas nos neurônios humanos : o marketing sensorial; até uma possibilidade de prescrição de receitas tecnológicas, palmo a palmo de uma propriedade agrícola. A sensorialidade elevou a sensibilidade, isso traz a sustentabilidade como poder de impactos no entorno e do entorno sobre cada ação, e nos conduz para mais intuição e sensitividade. Saúde virou sinônimo de comida boa, segurança alimentar virou programa de soberania nacional, o lado de dentro das porteiras das fazendas também globalizou e terras agricultáveis se transformaram num dos principais ativos do planeta”.

Nisso tudo, salienta, “o papel da filosofia administrativa de marketing passou a ser fator crítico de sucesso, tanto para um arranjo de micros e pequenos produtores, embalados por selos como “ fair trade “, ou para a tomada de decisões de “ superfarmers “, ou das cadeias do varejo, de processamento, e das organizações que pesquisam e lançam as inovações tecnológicas no antes das porteiras das fazendas”.

A partir dessas constatações, Tejon questiona e coloca em debate: “para onde vai o agronegócio nos próximos 10 anos ? Uma teia de segmentações e de subsegmentações ? Quem será o produtor rural em 2022 ? Quais serão os detentores dos germoplasmas, área vital de toda engenharia genética ? Como a fome será combatida no mundo e qual o destino de mais de 1 bilhão de micros e pequenos produtores rurais no planeta, perante a vocação e a concentração fundiária, versus a necessidade gigantesca de preservar e de atrair mais população para fora das cidades grandes ? O que a cidade urbana pensa do agronegócio ? qual o novo papel dos profissionais de marketing dentro da visão da cadeia do “ agribusiness “, que envolve cerca de US$ 15 trilhões no mundo todo, anualmente ?

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