Técnicos fazem alerta sobre uso sustentável de agroquímicos

20.08.2014 | 20:59 (UTC -3)

O uso sustentável de agroquímicos, tanto pelo alto custo desses produtos quanto pela preservação ambiental, está cada vez mais na agenda diária do universo da pesquisa do campo. Foi essa a preocupação dos participantes da mesa-redonda Estratégias para o uso sustentável de agroquímicos, em que foram discutidas experiências de manejo consciente dos compostos.

Com o objetivo de combater o uso acelerado dos fungicidas nos patógenos, o que causa maior resistência com o passar do tempo, o pesquisador Eric Guicherit, da Syngenta Crop Protection, ministrou a palestra sobre o uso das carboxinas, e alertou para a necessidade do uso racional dos fungicidas.

Segundo o pesquisador, os avanços tecnológicos têm proporcionado aprimoramento dos agroquímicos. Mas os produtos demoram até dez anos para serem testados e aguardam outros cinco no Brasil para obterem a certificação. “O número de ingredientes ativos, por isso, está diminuindo bastante. Além disso, o custo de produção de uma nova variedade chega a até US$ 300 milhões”, completou. Como exemplo, citou o manejo sustentável de solatenol para combater a ferrugem de soja. “Com essa prática é possível garantir a eficácia do fungicida em até dez anos. A resistência vai chegar, mas será retardada com manejo racionalizado.”

O tratamento de sementes para o controle de nematóides foi o tema da palestra de Felipe Sulzbach, da Bayer CropScience. A exposição Manejo de nematóides via tratamento de sementes com Bacillus firmus I – 1582 tratou do uso do bacilo Votivo, desenvolvido pela Bayer, como agente de controle biológico – para possibilitar a quebra do ciclo de aplicações de químicos. O bacilo, explicou, “faz uma barreira física frente às raízes e radicelas da planta” e impede a ação dos nematóides. Produto 100% vivo, tem baixa toxicicidade e revela-se com grande potencial de crescimento da colheita.

Com a palestra Estratégias de controle de doenças visando preservar a longevidade dos fungicidas, ministrada por Rafael Pereira, presidente do Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas (FRAC – Brasil), o público pode conferir experiências de controle da longevidade dos fungicidas, em especial no cultivo de soja, com enfoque no controle de doenças. Na apresentação, mostrou experiências no controle da ferrugem da soja.

A promoção do evento é da Sociedade Brasileira de Fitopatologia e realização da Universidade Estadual de londrina (UEL), Embrapa Soja e Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

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