Soja e milho são destaques nas exportações do agronegócio em outubro

09.11.2015 | 21:59 (UTC -3)
Inez De Podestà

As vendas externas de soja, carnes, milho, produtos florestais e açúcar contribuíram com 73% das exportações do agronegócio brasileiro em outubro deste ano, que totalizaram US$ 7,78 bilhões. Já as importações de produtos agrícolas somaram US$ 1,05 bilhão no mês passado. Com isso, o saldo comercial do setor foi de US$ 6,73 bilhões.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira (9/11) pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os dados também mostram que a participação do agronegócio no total das exportações brasileiras passou de 43,3% em outubro de 2014 para 48,5% no mês passado.

Ao analisar a balança de outubro, a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, destacou o recorde histórico mensal em quantidades exportadas de milho (5,5 milhões de toneladas), café verde (198 mil t) e soja em grãos (3,7 milhões t): “Apesar da queda dos preços internacionais, estamos aumentando os volumes vendidos para o exterior. Isso é a prova da competência do setor agropecuário do nosso país.”

O volume exportado do complexo soja, no mês de outubro, cresceu 104,2%. Entretanto, houve uma retração de 19% no preço médio das exportações. Mesmo assim, os embarques de grão, óleo e farelo de soja passaram de US$ 983,1 milhões em outubro de 2014 para US$ 1,63 bilhão no mês passado.

As carnes (bovina, suína e de frango) tiveram recuo, saindo de US$ 1,7 bilhão em outubro de 2014 para US$ 1,22 bilhão no mês passado. O valor exportado da carne suína caiu 41,3%; de peru, 35,8%; de frango, 30,8%; e gado, 21,2%.

A terceira posição no ranking das vendas externas do agronegócio em outubro ficou com o setor de cereais – principalmente o milho –, farinhas e preparações. O valor exportado somou US$ 920 milhões, com embarques recordes de 5,5 milhões de toneladas de milho.

As exportações de produtos florestais totalizaram US$ 969,1 milhões em outubro deste ano ante US$ 945,1 milhões no mesmo mês de 2014. O principal produto do setor nas vendas externas foi o papel e celulose, com US$ 758,8 milhões. Os embarques de madeiras e suas obras caíram 23,8%, ficando em US$ 210,3 milhões.

O complexo sucroalcooleiro ficou com a quinta posição entre os setores exportadores do agronegócio. Os embarques diminuíram de US$ 1,13 bilhão em outubro de 2014 para US$ 863,3 milhões no mês passado. O açúcar, principal produto da cadeia produtiva, foi responsável por US$ 751,3 milhões das exportações, e o etanol, por US$ 111,5 milhões.

Tradicional ocupante da quinta posição no ranking dos principais produtos exportados pelo agronegócio brasileiro, o café ficou na sexta posição em outubro, com US$ 552,4 milhões em vendas externas, queda de 20,2%. Apesar disso, o mês passado registrou recorde de exportação de café verde, com 198,4 mil toneladas. A redução de 27,1% no preço médio da exportação do produto no mês superou a elevação na quantidade exportada (+6,9%).

Entre os blocos comerciais, a Ásia continua sendo a principal região dos produtos do agronegócio embarcados pelo Brasil, com compras de US$ 3,22 bi no mês passado. As importações da União Europeia somaram US$ 1,6 bi; Nafta, US$768,8 milhões; Oriente Médio, US$ 666,8 milhões; África, US$ 563,5 milhões; e Europa Oriental, US$ 230,7 milhões.

A China foi o maior importador do agronegócio brasileiro, com aquisições de US$ 1,33 bilhões em outubro último. O valor representou um aumento de 78,3% em relação ao registrado no mesmo mês de 2014, de US$ 747 milhões.

Outros destinos que tiveram destaque nas importações do agronegócio brasileiro em outubro foram Índia (US$ 140 milhões; +106,3%), Estados Unidos (US$ 634,4 milhões; +14,8%) e Arábia Saudita (US$ 155,3 milhões; + 1,6%).

No acumulado do ano, de janeiro a outubro de 2015, as exportações totalizaram US$ 74,73, representando queda de 10,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações, por sua vez, somaram US$ 11,18 bilhões – 20,8% inferiores a 2014. Como resultado, o saldo da balança do setor foi superavitário em US$ 63,5 bilhões.

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