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Informações e tecnologias são importantes ferramentas para o produtor tomar decisões e evitar o aparecimento de doenças nas plantações. Os sistemas de suporte aos agricultores foram tema de mesa-redonda no 47º Congresso Brasileiro de Fitopatologia, que termina nesta sexta-feira em Londrina (PR). Pesquisadores apresentam modelos de disseminação de patógenos, simuladores de epidemias e sistemas de alertas fitossanitários para a citricultura e cultura da maçã.
Pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas (BA), desenvolvem um sistema de simulação de epidemia da huanglongbing, mais conhecida como greening, uma grande ameaça as pomares de citros no Brasil. Com um programa computacional, é feita a simulação de uma epidemia, o que dá aos pesquisadores condições de avaliar medidas de prevenção e controle da doença.
“Com o simulador, que é uma representação muito próxima à realidade, podemos avaliar os efeitos de uma pulverização ou o arranquio de folhas ou árvores infectadas”, explica Francisco Ferraz Laranjeira, que apresentou o sistema na mesa-redonda.
Segundo o pesquisador, a tecnologia é uma importante ferramenta de apoio às ações de defesa fitossanitária. “Até o momento a doença não chegou ao estado da Bahia, segundo maior produtor de citros do Brasil”, diz. Junto com Sergipe, os pomares somam mais de 100 mil hectares.
Laranjeira afirma que o sistema de simulação, que vem sendo desenvolvido nos últimos três anos, permite responder a duas importantes questões. Primeiro, a pesquisa demonstrou que a lei atual de erradicação não é adequada aos pequenos produtores de laranja.
“O sistema comprovou, por outro lado, que é possível detectar precocemente o aparecimento da doença, através de amostragem”, diz. O pesquisador acrescenta que o projeto contou com a participação e apoio da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), que auxiliou na coleta de dados. “Esse modelo aperfeiçoa o plano de contingência da Adab, que poderá adotar estratégias para evitar que a doença entre no Estado e determinar o que fazer se isso acontecer”, explica.
O pesquisador José Maurício Cunha Fernandes, da Embrapa Trigo, abordou sistema de simulação de condições climáticas. Os prognósticos podem auxiliar na tomada de decisão sobre o manejo adequado dos pomares em cada situação, o que é determinante para o uso racional de agroquímicos.
Fernandes afirma que o desenvolvimento dessas tecnologias vem ao encontro de uma demanda da sociedade. “Há uma percepção pública de que é necessário o uso de práticas sustentáveis. A tendência é que os consumidores passem a exigir rastreabilidade e certificação de produtos”, diz. Durante a mesa-redonda, o pesquisador apresentou estudo de caso de uma cooperativa e moinho de trigo, em cuja produção foram utilizadas técnicas de manejo a partir dos sistemas de suporte apresentados.
A utilização de fungicidas em macieiras catarinenses também pode ser definida a partir de alertas fitossanitários com base em informações meteorológicas. O tema foi tratado pelo pesquisador Yoshinori Katsurayama, que atua em projeto da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).
Produtores de maçã contam com o suporte do sistema de informações meteorológicas. Segundo Katsurayama, a partir dos dados sobre índices de chuva coletados, é possível decidir pela pulverização ou não de fungicidas. “O sistema dá segurança ao produtor”, afirma. A tecnologia, aprimorada pelo uso do computador, vem sendo utilizada desde 1983.
A promoção do evento é da Sociedade Brasileira de Fitopatologia e realização da Universidade Estadual de londrina (UEL), Embrapa Soja e Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).
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