Prejuízos da geada nas plantações de milho do RS é menor do que o esperado
O III Simpósio Internacional de Fruticultura (Sinfrut 2015), em Salvador, BA, de 13 a 16 de outubro, tem como tema central pragas quarentenárias e melhoramento preventivo. O pesquisador Francisco Ferraz Laranjeira, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA) faz parte da organização do evento.
O pesquisador Luiz Alexandre Nogueira de Sá, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) participa do painel “Planos de Mitigação e Contingência”, coordenado por Luiz Eduardo Rangel do Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sá irá falar sobre prospecção de bioagentes de controle biológico de pragas de fruteiras como ferramenta para planos de mitigação. “Serão abordados os processos de importação desses bioagentes pelo Laboratório de Quarentena Costa Lima, da Embrapa Meio Ambiente”, explica.
Conforme o pesquisador, será também discutida a busca exploratória de possíveis inimigos naturais exóticos alternativos ao controle do psilídeo asiático dos citros dentro do Projeto HLB Biocontrol, coordenado pela Embrapa Meio Ambiente, sobre o controle biológico do psilídeo de citros por parasitóides e microrganismos, bem como a importação dos EUA do parasitóide exótico Diaphorencyrtus aligarhensis de origem do Paquistão. Além disso, outras pragas de fruteiras como a mosca da carambola, cochonilha rosada, mosca negra e a larva minadora da folha dos citros serão abordadas no tema sanidade vegetal.
Sá irá também participar de reunião de gestão do Projeto HLB-Biocontrol, em 14 de outubro, durante o simpósio, para discutir o gerenciamento deste Projeto em andamento.
A doença Hunglongbing (HLB ou citrus greening) causada pela bactéria de floema, maior ameaça aos pomares do país, por afetar todas as variedades e pelo alto potencial para torná-los inviáveis economicamente, se medidas de controle não forem tomadas, entre sete e dez anos após o aparecimento da primeira planta sintomática em pomares em produção e em até cinco anos em pomares jovens.
A doença HLB já se encontra distribuída nos continentes africano, americano (norte, sul e central) e asiático.
Considerando-se o impacto dos danos de HLB, os custos se ampliam significativamente em função da redução da produtividade, necessidade de controle e longevidade dos pomares a ponto de inviabilizar a atividade econômica sob níveis endêmicos da doença.
Atualmente, HLB encontra-se também em áreas de Minas Gerais (Triângulo Mineiro e Sul) e no Noroeste do Paraná. Frente ao exposto, no curto prazo, a estratégia mais segura de controle de HLB combina o uso de mudas sadias, a redução do inóculo (erradicação de plantas doentes) e a redução da transmissão pelo vetor (controle do psilídeo-dos-citros).
A equipe do projeto irá buscar nessa reunião discutir e apresentar tecnologias para o controle biológico do psilideo-dos-citros por meio do parasitóide exótico importado Diaphorencyrtus aligarhensis em pomares cítricos; detectar e caracterizar semioquímicos associados à atração e repelência do vetor do HLB; identificar e isolar compostos atrativos e repelentes ao psilídeo em plantas hospedeiras e plantas inseticidas além de espécies aromáticas; desenvolver formulações bioinseticidas a partir dos compostos com maior potencial de uso; avaliar o uso de plantas armadilhas e repelentes e voláteis de plantas de citros em cultivos orgânicos e convencionais; avaliar o potencial inseticida de inibidores de protease para controle do psilídeo dos citros e o potencial de controle do psilídeo por tecnologia ultrassom.
Mais informações: www.sinfrut2015.com.br/sinfrut2015-l-programacao.html
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