Ergonomia garante produtividade e segurança às operações
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (8/10), os prejuízos decorrentes das geadas de 12 e 13 de setembro na cultura do milho no Rio Grande do Sul foram menores do que o esperado. Muitas lavouras que tiveram as folhas superiores secas já apresentam novas brotações e boa recuperação, as mais afetadas ficaram restritas a áreas de baixada, nelas a perda foi mais intensa, explicam os técnicos da Instituição. As áreas em que as plantações foram severamente atingidas pelas condições adversas do clima serão replantadas ou substituídas pela soja.
Segundo a Emater/RS-Ascar, as lavouras de milho já implantadas que não sofreram prejuízos com a geada vêm se desenvolvendo bem devido às chuvas semanais e temperaturas adequadas, apresentando bom crescimento. Enquanto as plantações cultivadas recentemente apresentam boa germinação.
Nos Campos de Cima da Serra, última região a iniciar o plantio do milho, as frequentes chuvas não tem permitido um avanço maior da área semeada, o que permite apenas períodos curtos de um ou dois dias com condições ideais para efetuar a operação. Nas áreas de menor altitude da região da Serra, onde a semeadura inicia mais cedo, principalmente para o milho destinado à silagem de planta inteira, as lavouras germinaram bem e apresentam bom desenvolvimento inicial, enfatizam os extensionistas.
Em relação ao trigo, poucas lavouras começaram a apresentar os sintomas causados pela geada do mês passado, principalmente em áreas mais baixas. Entretanto, de acordo com a Emater/RS-Ascar, a maioria ainda têm um bom aspecto geral, entrando na fase de maturação do grão e colheita.
As lavouras de trigo colhidas recentemente no Noroeste Colonial e Missões (4% do total plantado no Estado) apresentaram rendimentos variados entre 2.600 a 2.700 kg/ha, um pouco abaixo do esperado pelos agricultores, devido ao potencial apresentado pelas lavouras antes das intempéries recentes, mas ainda dentro das estimativas iniciais. A qualidade do grão é boa, no entanto, algumas análises realizadas pela indústria apontam para um índice de coloração da farinha abaixo do padrão, o que pode comprometer o preço final do produto.
Foto: Kátia Marcon
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