Simpósio discute práticas para melhorar qualidade dos grãos

​Aproximadamente 100 inscritos participaram do Simpósio métodos rápidos para avaliar a qualidade tecnológica e contaminantes em grão

13.08.2018 | 20:59 (UTC -3)
Lebna Landgraf ​

Aproximadamente 100 inscritos participaram do Simpósio métodos rápidos para avaliar a qualidade tecnológica e contaminantes em grão,  realizado de 7 a 9 de agosto, em Londrina, PR.  Os métodos rápidos de análises laboratoriais especializadas são alternativa para ampliar a agilidade e reduzir os custos na avaliação da qualidade e na determinação de contaminantes nos grãos. O objetivo do evento foi apresentar as novas técnicas em avaliações rápidas, mais acessíveis e adequadas às demandas da cadeia produtiva. 

 Na programação houve a demonstração das aplicações práticas da espectroscopia por infravermelho próximo (NIRS) e NIRS associado a imagens hiperspectrais para analisar qualidade tecnológica e contaminantes em grãos. “O evento promoveu a interação das instituições que trabalham com equipamentos de espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) - pesquisadores da Embrapa e universidades - empresas produtoras destes equipamentos e usuários da tecnologia que avalia a qualidade e os contaminantes nos grãos”, explicou a pesquisadora da Embrapa Trigo e coordenadora do evento, Casiane Tibola. 

 Segundo a pesquisadora, o evento possibilitou a troca de experiências entre os usuários da espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) com as empresas que investem ou querem aprimorar o investimento nesta tecnologia.  A promoção foi da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Associação Brasileira de Pós Colheita (Abrapós) e a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB). Veja mais aqui.

Exemplos práticos - O pesquisador da Embrapa Instrumentação Lucio de Castro Jorge abordou como vem sendo a aplicação de imagens hiperespectrais com drones usados para monitoramento de práticas agrícolas. De acordo com o pesquisador, a Embrapa tem um projeto em parceria com a iniciativa privada para desenvolver um hardware nesta área. 

“Estamos embarcando inteligência nos drones para que seja possível com sensores especiais realizarmos a hiperspectropia, via NIR, durante o voo”, disse. “Com isso, é possível identificar vários parâmetros para a cultura em análise, desde aspectos fisiológicos, nutricionais, a infestação de pragas e doenças e até mesmo avaliação de produtividade. Hoje o modelo de referência utiliza a cultura do milho, mas já foram iniciados os estudos para soja e algodão. Outro destaque na programação foi a apresentação do professor Carlos Augusto Mallmann, do Laboratório de Análise Micotoxicológicas (Lamic), da Universidade Federal de Santa Maria. 

O Laboratório participa de uma rede mundial que usa o NIR para monitorar micotoxinas em grãos e produtos derivados. De acordo com o palestrante, a vantagem do NIR é a rapidez e a precisão nos resultados.   “Temos conseguido com o NIR ter um resultado real dos índices de micotoxinas nos lotes analisados”, afirmou.


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