Setor do tabaco fortalece ações de conservação do solo

Projeto Solo Protegido passa a integrar o portfólio de mais de 60 iniciativas das empresas associadas ao SindiTabaco voltadas para a preservação ambiental

14.04.2025 | 14:07 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Eliana Stülp Kroth

O Projeto Solo Protegido, desenvolvido em parceria pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), passa a integrar o portfólio de mais de 60 iniciativas das empresas associadas ao SindiTabaco voltadas para a preservação ambiental. O comprometimento e a conscientização dos produtores já apresentam bons resultados: atualmente, 74% adotam práticas de conservação do solo.

Pesquisa realizada pelo SindiTabaco nas empresas associadas revela que quase 75% dos produtores de tabaco empregam métodos de preservação na preparação do solo. A tendência é que esse número cresça ainda mais com o lançamento de uma nova iniciativa do setor, voltada a orientar os agricultores sobre a importância de preservar o solo.

Denominado Projeto Solo Protegido, o trabalho consiste em uma cooperação técnica entre Embrapa e SindiTabaco, que selecionará e fará o diagnóstico de propriedades representativas da produção de tabaco na região Sul do Brasil. Serão propostas ações de intervenção com base em Boas Práticas Agrícolas (BPAs) e realizado o monitoramento de indicadores-chave, visando proteger, conservar ou recuperar o solo.

Hoje, os produtores de tabaco adotam diversas práticas conservacionistas, desde a correção do pH do solo com calcário e a descompactação quando necessária, até o preparo dos camalhões sobre a palhada de uma planta de cobertura, como aveia ou centeio. Essa estratégia reduz a erosão hídrica, evitando a perda de solo superficial em situações climáticas desfavoráveis. O Projeto Solo Protegido também tem como objetivo testar e divulgar outras práticas, como a mistura de culturas de cobertura e a análise do carbono presente no solo das propriedades participantes.

De acordo com a engenheira agrônoma e assessora técnica do SindiTabaco, Fernanda Viana Bender, além de favorecer o meio ambiente, as boas práticas agrícolas impactam diretamente o resultado das safras. “O uso adequado do solo otimiza o aproveitamento dos nutrientes. Quanto mais bem cuidado e protegido estiver o solo, maior será o potencial produtivo da cultura e, por consequência, melhores os resultados financeiros. Por isso, a proteção e conservação do solo devem ser vistos como um verdadeiro investimento para o produtor”, reforça.

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