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A Conab deverá reavaliar alguns pontos referentes aos custos de produção do arroz, mas ratificou a decisão de manter em R$ 29,68 o valor do preço mínimo para a saca de 50 quilos. O debate ocorreu durante audiência pública promovida pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília. Os produtores questionam os critérios adotados pela Conab.
O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, salienta, no entanto, que ficou para a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, acatar ou não a solicitação dos produtores de um preço mínimo no valor de R$ 31,50, em reunião marcada para o próximo dia 14. "No final, cumprimos com o nosso objetivo de através do preço mínimo denunciar os custos de produção do arroz", afirma Dornelles.
O dirigente garante que ficou claro para a Conab e o Ministério da Agricultura que os custos estão muito altos. Lembra que também deverá ser discutida pelo governo a concessão de uma redução tributária em alguns momentos de aperto da renda para o produtor. "Nós indicamos ao governo, ao Ministério da Agricultura e à Conab que os custos foram duramente atingidos pelos tarifaços do diesel e da energia elétrica", reforça.
Outra questão levantada na audiência foi sobre secagem e armazenagem. Segundo o presidente da Federarroz, é uma falha da Conab considerar que os produtores secam entre 16% e 13%, quando na verdade a média é de 22% para 12%. Outra precipitação, conforme o presidente, é considerar somente 30 dias de armazenagem. "Em um país que consome arroz 12 meses no ano, a média é de seis meses, inclusive baseado em programas do governo de armazenagem no Brasil", enfatiza Dornelles.
Também estiveram presentes na audiência pública representando as entidades setoriais gaúchas, Antônio Da Luz, da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e Tiago Barata, do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), além de representantes de Sergipe e Santa Catarina.
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