Setor agro reage à suspensão do crédito no Plano Safra

A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) manifestou preocupação com a suspensão das novas contratações de financiamentos rurais com subvenção federal dentro das linhas do Plano Safra 2024/2025. A medida, que entrou em vigor nesta sexta-feira (21/2), gera incertezas para o setor agropecuário, que representa cerca de 22% da economia nacional e teve um PIB superior a R$ 2,58 trilhões em 2024.

Segundo a Abag, a paralisação do crédito impacta toda a cadeia produtiva, incluindo indústria, tecnologia e logística, afetando o dinamismo do agronegócio. Além disso, a redução da oferta de financiamento pode comprometer a produtividade no campo e pressionar os preços dos alimentos, prejudicando tanto os produtores quanto os consumidores.

A entidade destaca que a falta de recursos subsidiados pode afetar pequenos, médios e grandes agricultores, dificultando investimentos essenciais em inovação tecnológica, modernização de equipamentos e infraestrutura logística. Entre as consequências está a possibilidade de retração na geração de empregos e aumento dos custos de produção, com reflexos diretos na economia.

Diante desse cenário, a Abag defende a necessidade de um diálogo aberto com o Governo Federal para buscar soluções que garantam previsibilidade ao setor. A entidade espera que os Ministérios da Agricultura e da Fazenda encontrem alternativas para reverter a decisão e assegurar a continuidade do Plano Safra, fundamental para manter a competitividade e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

A associação reforça seu compromisso de acompanhar os desdobramentos da questão e trabalhar junto aos órgãos competentes para garantir soluções que viabilizem o desenvolvimento sustentável do setor e a segurança alimentar da população.