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A pulverização é uma importante etapa no ciclo produtivo. Se realizada de maneira incorreta, pode resultar em desperdício de insumos e comprometer a produtividade da lavoura. Lucas Zanetti (na foto), gerente de marketing de produto Massey Ferguson, esclarece as principais dúvidas sobre a aplicação de defensivos agrícolas e explica como realizar a operação corretamente em prol da eficiência, produtividade e sustentabilidade na produção:
• Momento certo para a pulverização: a aplicação tem de ser preventiva e ter um alvo (praga, planta daninha ou doença) definido previamente. Também é fundamental atentar-se à janela correta, visto que cada tipo de alvo possui um período específico para controle e ultrapassá-lo pode afetar produtividade.
• Falhas na pulverização: a utilização correta das pontas de pulverização, conforme o alvo e o produto a ser aplicado, evita que as gotas se dispersem com o vento ou temperatura. Por exemplo, no caso de defensivos sistêmicos que agem diretamente na fisiologia da planta, podem ser usadas pontas que forneçam gotas um pouco maiores, diminuindo o risco de deriva - quando o produto não atinge o alvo desejado. Já para produtos de contato, o indicado são pontas que forneçam gotas menores para proporcionar uma área de cobertura maior, e aqui o cuidado com deriva deve ser maior. Além disso, é necessário fazer o preparo correto da calda, seguindo a sequência de colocação e mistura dentro do tanque; realizar a manutenção e calibração do equipamento.
• Condições adequadas para a aplicação: é importante verificar as condições meteorológicas antes de pulverizar, considerando o vento entre 2 km/h e 10 km/h, a umidade relativa do ar acima de 55% e a temperatura abaixo de 30°C.
• Pulverização em áreas de difícil acesso: tecnologias embarcadas em pulverizadores, como transmissão e capacidade de redutor, facilitam a entrada em áreas de difícil acesso. Aviões ou drones também podem ser usados nessas aplicações. O importante é que a operação seja realizada para evitar que pragas e doenças se espalhem para o restante da lavoura, prejudicando a produtividade.
• Pulverização noturna: apesar de ser uma opção devido às condições climáticas geralmente mais favoráveis, é preciso ter cuidado com o orvalho e a umidade alta durante a noite, que eles podem lavar o produto recém-aplicado nas plantas. Tecnologias embarcadas nos pulverizadores, como faróis de LED, contribuem para uma melhor visibilidade e segurança do operador durante a pulverização noturna e evitam perdas.
• Uso do piloto automático: cada vez mais presente na pulverização, essa tecnologia substitui barras de luzes para demarcar as áreas já aplicadas, evitando sobreposições e falhas na operação, resultando em eficiência, redução do uso de insumos e aumento da sustentabilidade.
• Escolha do pulverizador: é essencial considerar o tipo de área em que será utilizado. Se o terreno possuir uma topografia irregular, é necessário optar por um equipamento com boa capacidade de tração e tecnologia adequada para atingir essas áreas. Também é importante verificar o tamanho da máquina. Tanto um dimensionamento inadequado quanto a incapacidade de entrar na lavoura no momento certo, devido à tração e à topografia, podem causar atrasos. Estudos têm demonstrado perdas significativas de produtividade devido a aplicações tardias, chegando a até sete sacos por hectare.
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