Comissão da Câmara rejeita projeto que eleva custo das exportações de produtos agrícolas
Na região da Serra Gaúcha, os produtores de pêssego estão em plena colheita da principal variedade cultivada na região, a Chimarrita. A colheita das diversas variedades da fruta se estende de meados de outubro a janeiro. Neste ano, os agricultores terão uma safra cerca de 50% menor, pois na época de brotação e florescimento, o cultivo sofreu os efeitos de intensas geadas ocorridas em agosto, que atingiram as flores e as gemas vegetativas que formam as folhas, fazendo com que muitos frutos não vingassem ou ficassem com calibre menor. A queda na produção pode chegar a 6 milhões de quilos.
“Esse percalço climático quase zerou a produtividade das variedades superprecoces e derrubou a da Chimarrita”, explica o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, Enio Todeschini.
No entanto, a qualidade da fruta colhida é considerada boa e os produtores estão satisfeitos com a remuneração. “Numa safra reduzida, o preço pago pelo produto é mais compensatório, o que reduz o prejuízo. A valoração é até três vezes maior que em um ano de safra cheia”, afirma o agrônomo.
De acordo com Enio, o que preocupa a partir de agora, quando a temperatura começa a aumentar, é a incidência da mosca-das-frutas. “Se não forem tomadas as devidas medidas para o seu controle, ela pode atacar os pomares, causando prejuízos, pois deprecia os frutos para comercialização”, declara. Conforme o agrônomo, o produtor deve fazer o monitoramento da mosca-das-frutas, por meio de armadilhas, ficando atento à presença e ao tamanho da população da praga. A principal medida de controle recomendada é o uso da isca tóxica.
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