Seprotur levará “Caravana Mais alimentos” a produtores de MS

12.02.2010 | 21:59 (UTC -3)

A linha crédito do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), destinada à investimentos em infraestrutura da propriedade do agricultor familiar, terá um novo instrumento de fomento em Mato Grosso do Sul, a “Caravana Mais Alimentos”.

O anúncio foi dado pela Secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, nesta quinta-feira (11/02), durante entrega de 10 tratores e demais emplementos em Sidrolândia (70 km).

Segundo a secretária da Seprotur, a intenção da “Caravana Mais Alimentos” é levar ao maior número de produtores da agricultura familiar informações a respeito desta linha de crédito com limite de até R$ 100 mil, e prazo de até dez anos, juros anuais de 2% e três anos de carência. Tereza revela que a Seprotur, ao lado da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), superintendência regional do Banco do Brasil, e indústrias de máquinas e implementos agrícolas, deverá eleger municípios pólos para os trabalhos.

“Queremos organizar e captar os projetos de financiamento e levar até os produtores as informações que eles precisam dos fabricantes, para que possam fechar ali, na hora, o maior número de contratos possíveis”, revela Tereza, lembrando que a meta estipulada para o Estado é de financiar 600 tratores até dezembro.

O superintendente do Banco do Brasil, Ricardo Lot, não esconde que a meta proposta por Tereza Cristina é ousada, e lembra, “desde julho de 2008 até agora, foram financiados somente 120 tratores”. Contudo, revela que já está havendo uma nova postura, afinal, deste montante de equipamentos financiados, 70 foram contratados e entregue nos últimos seis meses. “Infelizmente o programa não contou com a devida grandeza no último ano, mas o Mais Alimento é prioridade absoluta da superintendência do banco do Brasil, e com toda certeza iremos perseguir e atingir esta meta”, assegurou, garantindo total esforço das agências para atender os agricultores.

O valor total dos 10 tratores mais outros equipamentos entregues nesta manhã totalizam aproximadamente R$ 808.339,40. Entusiasmado com o esforço do governo do Estado e demais instituições no programa que vem aquecendo a venda de máquinas em todo o País, mas que patinava no Estado, o gerente da concessionária Agro Amazônia, Elpídio Siqueira da Rosa – autorizada John Deere que entregou os equipamentos em Sidrolândia – reafirmou que a solenidade marca um novo momento para o programa Mais Alimentos no Estado. “A entrega mostra que este projeto é real, está aberto a todas as marcas e, acessível aos produtores”, conclui.

Resultados

O Coordenador da Agraer em Sidrolândia, Daniel A. da Silva, revela que já estão em tramitação junto ao órgão outros 30 projetos de financiamento, todos, garante, “viáveis economicamente”. Ele também destaca que estes equipamentos trarão resultados positivos para a produtividade da região, além de econômicos para cada um dos produtores beneficiados, já que boa parte não tem como diversificar e intensificar sua propriedade, além de que, alguns ainda têm que arcar com o aluguel das máquinas.

“O produtor ganha autonomia, não perde o momento certo de entrar com o manejo, seja no plantio ou na hora de aplicar defensivos, e com estas máquinas modernas e mais econômicas, assegura melhor lucratividade e um ganho médio de 20% em sua produtividade”, estima.

O produtor Mario Francisco Husmann que possui 40 hectares, onde desenvolve a pecuária leiteira, com 300 litros dia e uma lavoura de milho de cinco hectares, é um bom exemplo da economia que se faz quando se compra um trator novo e moderno. Como ele não possuía o equipamento, era obrigado a contratar o serviço de terceiros ou alugar o equipamento, que, em média para gradear o pasto, custava R$ 110 por hectare. Já na área onde conduz a plantação de grãos, além do custo do arrado por hectare, outros R$ 70 eram necessários para nivelar e outros R$ 40 para cada aplicação de veneno – geralmente são realizadas três por safra. “Quando colhia, tudo que ganhava ficava na mão dos outros”, lamenta.

Agora, com as chaves do trator zero km 4x4, de 75 cv nas mãos, ao lado de uma grande aradora e pulverizador, Husmann não esconde o sorrigo. Ele revela que já está pensando em ampliar a produção de milho para 20 hectares na safrinha. “Agora é trabalhar, produzir e pagar o financiamento”, conclui.

De acordo com dados divulgados pela Agraer, que auxilia os produtores na elaboração dos projetos, somando as regionais de Anastácio, Campo Grande, Coxim, Dourados, Itaquiraí, Ponta Porã, Nova Andradina e Três Lagoas, o número das propostas captadas já passa de 300 .

Alexssandro Loyola

Ascom - Seprotur

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