Secretaria de Agricultura do RS solicita ao Mapa que amplie até final de fevereiro período de semeadura da soja

A reivindicação é para que seja flexibilizada a data fixada na portaria que trata do Programa de Controle da Ferrugem Asiática; por conta da estiagem, alguns produtores não conseguirão efetuar o plantio no período preferencial ou terão que replantar o grão

20.01.2022 | 14:41 (UTC -3)
Seapdr
Por conta da estiagem, alguns produtores não conseguirão efetuar o plantio no período preferencial ou terão que replantar o grão. - Foto: Fernando Dias/Seapdr
Por conta da estiagem, alguns produtores não conseguirão efetuar o plantio no período preferencial ou terão que replantar o grão. - Foto: Fernando Dias/Seapdr

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) encaminhou nesta quarta-feira (19/01) ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), solicitando ao órgão federal que flexibilize o prazo estabelecido na Portaria 394, de 10 setembro de 2021, que definiu o período para semeadura da soja no Rio Grande do Sul entre 13 de setembro de 2021 e 31 de janeiro de 2022, para fins de atendimento ao Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS). A Seapdr propõe que o calendário de plantio seja estendido até 28 de fevereiro de 2022.

Assinado pela secretária Silvana Covatti, o ofício afirma que a prorrogação do prazo é imprescindível, ao lembrar que a soja é a principal pauta da exportação no Rio Grande do Sul e tem grande relevância socioeconômica ao Estado. "Em visita ao Estado na semana passada, a ministra da Agricultura Tereza Cristina pode ver de perto a situação das nossas lavouras e a necessidade de medidas que mitiguem os efeitos da estiagem", destaca Silvana. Na safra 2021/2022, a previsão inicial era de implantação de 6,3 milhões de hectares com o grão no meio rural gaúcho.

O diretor de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura, Ricardo Felicetti, explica que, em função da estiagem enfrentada no Estado e da situação de perda de diversas lavouras de soja, há tendência de haver necessidade de replantio de algumas áreas após a data-limite de semeadura, de 31 de janeiro, período em que os prognósticos climáticos indicam possibilidade de operação. “Há também situações de produtores que não conseguiram semear suas lavouras pela falta de chuva, os quais viriam a realizar o cultivo em situações de adequabilidade hídrica, que possivelmente ocorrerá no Estado somente a partir de fevereiro”, acrescenta Felicetti.

O diretor pontua que o plantio de soja nessas condições insere-se fora das condições preferenciais de cultivo. Contudo, afirma que, frente às perdas ocasionadas pela estiagem, a medida justifica-se técnica e economicamente.

Nas reuniões em que manteve com o Mapa neste ano, a secretária Silvana também havia reivindicado o alongamento do período de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) da cultura da soja para fins de enquadramento dos produtores no Proagro e seguro rural. Sobre este pleito, o Mapa já acenou com a não possibilidade de alteração da data, a qual se findou em 31 de dezembro.

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