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A coordenação do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+ RS, em parceria com a Emater/RS-Ascar, iniciou nesta semana a coleta de dados do projeto “Balanço de Gases de Efeito Estufa em Áreas de Produção de Soja no Rio Grande do Sul”. O desenvolvimento do projeto vai permitir estimar o balanço líquido de carbono com base em uma metodologia conceituada internacionalmente para quantificar as emissões de gases de efeito estufa (GEEs), conhecida como GHG Protocol. A coleta dos dados vai até maio, com 216 produtores de soja localizados em 36 municípios de maior representatividade da cultura no estado.
“O desenvolvimento deste projeto é muito importante para o estado, pois vai demonstrar com dados que a produção de soja é de baixa emissão de carbono”, destaca o engenheiro florestal do Departamento de Desenvolvimento e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Seapi e coordenador do Comitê, Jackson Brilhante. Segundo ele, para obter as estimativas do balanço de carbono, vão ser coletadas informações do produtor como, por exemplo, os métodos de preparo de solo, presença de plantas de cobertura, rotação de culturas, uso de bioinsumos, rotação de culturas, consumo de combustível das operações mecanizadas e no transporte da produção. “Assim, conseguiremos estimar o balanço de carbono por tonelada produzida (tonelada de CO2 eq./tonelada de soja)”, diz Brilhante. O estudo também vai avaliar a qualidade do sistema plantio direto no estado.
“Este trabalho realizado em conjunto entre a Secretaria e a Emater irá permitir a quantificação do balanço de carbono nas propriedades com cultivo de soja e dessa forma permitir que ao menos mantenhamos os mercados consumidores”, destaca Elder Dal Prá, coordenador de Defesa Sanitária Vegetal da Emater. Segundo ele, ainda é o início de um trabalho que resultará em outras ações, como a sensibilização dos agricultores e a melhoria dos sistemas de produção.
Segundo a zootecnista do DDPA Carolina Bremm, vice-coordenadora do Comitê Gestor do Plano ABC+, o projeto resultará em uma radiografia das áreas de integração de soja com pecuária de corte e leite. “Nós coletaremos informações sobre o manejo da pastagem, a lotação animal e a estrutura do rebanho, o que possibilitará caracterizar e estimar o balanço de carbono dos sistemas de produção mais representativos do nosso estado”, afirma.
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