Secretaria da Agricultura do RS inspeciona parreirais na Serra para detecção de cancro da videira

Fiscais da Seapdr inspecionaram parreirais em Bento Gonçalves e Garibaldi

21.02.2022 | 15:52 (UTC -3)
Seapdr
Fiscais da Seapdr inspecionaram parreirais em Bento Gonçalves e Garibaldi. - Foto: Fernando Dias
Fiscais da Seapdr inspecionaram parreirais em Bento Gonçalves e Garibaldi. - Foto: Fernando Dias

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), por meio da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal, realizou inspeções fitossanitárias nos municípios de Bento Gonçalves e Garibaldi para detecção do cancro da videira, doença causada pela bactéria Xanthomonas campestris pv. vitícola. Conduzidas por oito fiscais estaduais agropecuários da Seapdr, as atividades de monitoramento ocorreram de 14 a 16 de fevereiro, em 25 propriedades produtoras de uvas de mesa e viníferas.

De acordo com a chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal, a engenheira agrônoma Rita Antochevis, o cancro da videira é considerado uma praga quarentenária presente no Brasil pelo Ministério da Agricultura, mas sem ocorrência no Rio Grande do Sul. A doença foi detectada pela primeira vez no país em 1998, no Vale do Submédio São Francisco, e está presente nos estados de Pernambuco, Bahia, Piauí, Ceará e Roraima. “É uma doença de difícil controle. Sua introdução poderia trazer sérios prejuízos para a viticultura do Estado”, alerta.

Conforme Rita, o monitoramento é feito com a inspeção visual das plantas de videira, observando os ramos, inflorescências e cachos de uva. “Os sintomas nas folhas surgem como pontos escuros, com ou sem bordas amareladas, que podem se unir e causar a morte de extensas áreas foliares. Nas nervuras, pecíolos e ramos, formam-se manchas escuras alongadas, que evoluem para aberturas de coloração negra. As bagas ficam desuniformes em tamanho e cor, e também podem apresentar lesões”, detalha.

A disseminação ocorre por meio de material propagativo infectado, material de trabalho contaminado, tratos culturais infectados espalhados pelo parreiral, ventos e chuvas. “É importante que o produtor fique atento à aquisição de mudas de outros estados e, em caso de suspeita de infecção, comunique imediatamente à Secretaria. Assim podemos providenciar o correto diagnóstico e erradicação do foco, evitando a disseminação para outros parreirais”, ressalta a engenheira agrônoma Maria Luiza Santos Conti, que também participou da ação de monitoramento.

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