Secretaria da Agricultura de SC debate crise na rizicultura

Nesta quinta-feira (24), o secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, João Rodrigues, esteve em Araranguá para encontro com rizicultores da região. O encontro também contou com a presença dos deputados estaduais José Milton Scheffer e Manoel Mota e do secretário de Desenvolvimento Regional, Heriberto Afonso Schmidt.

 

De acordo com o presidente da Associação Regional Sul de Produtores Rurais (Arprosul), Demétrio Rocha, os rizicultores estão vivendo seus piores momentos. “Nós estamos nas mãos dos bancos, os agricultores estão lamentando todos os dias pela situação caótica em que o setor se encontra”, afirmou.

 

O vice-presidente da Arprosul, Deoclécio Plácido, comentou ainda que os produtores vivem em estado de “escravidão branca legalizada”. Em concordância o produtor André Acorde, acredita que se a crise na rizicultura continuar metade dos agricultores da região irão parar de produzir. “Gastamos R$26 para produzir e recebemos R$20, nós estamos cansados e não temos a quem mais recorrer”, complementou.

 

Em seu discurso, João Rodrigues mostrou-se impressionado com a situação em que os produtores se encontram. “Estou indignado, não só como secretário mas como cidadão. Os agricultores estão sendo agredidos com o descaso do Governo Federal”, disse. O secretário falou ainda sobre as exigências ambientais e sobre as consultas públicas da Anvisa sobre o tabaco. “As lutas se vencem quando estamos unidos e vocês podem contar com a Secretaria da Agricultura como se fosse a extensão de suas casas, nós vamos trabalhar intensamente para reverter esse quadro da rizicultura”, concluiu.

 

Entre as reivindicações do setor para o fomento da cadeia produtiva, está a redução da carga tributária para produtos e implementos destinados à produção rural. Segundo a Arprosul isso permitira que os produtos nacionais se tornem competitivos a nível internacional. Os manifestantes buscam ainda uma renegociação dos financiamentos destinados à produção rural e a manutenção de um preço mínimo coerente com os investimentos necessários para a produção.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa

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