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Barbosa substituirá Maurício Lopes, também funcionário da empresa que, ao encerrar sua gestão, em segundo mandato, voltará à função de pesquisador. A posse está prevista para o próximo dia 10 de outubro, depois de publicada sua nomeação que será assinada pelo presidente do conselho de administração da empresa, o secretário executivo do Mapa, Eumar Novacki.
A escolha, feita dentro de processo previsto na Lei das Estatais e no estatuto da empresa, teve 16 concorrentes. Desse total, três foram selecionados, depois de análise de currículos, e foram entrevistados pelos integrantes do conselho da Embrapa.
A mudança não inclui os três diretores-executivos, que assumiram o cargo em julho de 2017 e permanecem, já que possuem mandato de dois anos e ainda renovável. A sucessão não deverá alterar o processo de revisão estrutural e funcional da Embrapa, iniciado em 2015, uma vez que é conduzido por toda a Diretoria Executiva e não apenas pelo presidente.
Segundo Maurício Lopes, revisão estrutural, demandada pelo ministro da Agricultura, tem entre seus principais objetivos aproximar ainda mais a Embrapa do setor produtivo, fortalecendo mecanismos de parceria público-privada com universidades e institutos federais, integrando agendas e organizando redes regionais e transversais a partir de focos definidos por portfólios de projetos de pesquisa e inovação.
Dentre as propostas de revisão estrutural apresentadas por força-tarefa, está a substituição da denominação de centros nacionais de pesquisa por centros de inovação para todas as 42 unidades da Embrapa no Brasil. Esse seria um sinal inicial do foco da Empresa numa possível nova configuração, em que as pesquisas deverão indicar, desde a elaboração do projeto, a inovação e os consequentes impactos que gerarão para o campo.
Nesta quinta-feira (27), barbosa foi recebido pelo ministro Blairo Maggi, em reunião que teve também a presença de Eumar Novacki e Maurício Lopes.
Currículo do novo presidente da Embrapa
Engº Agrº pela Universidade Federal de Viçosa (1967), M.S. em Entomologia (1973) e Ph.D em Entomologia e Manejo Integrado de Pragas pela Mississippi State University (1974). Experiência em Gestão de P&D e "Institutional Building" .
Experiência Profissional:
1968-1975: Pesquisador do Departamento de Pesquisa e Experimentação da Fundação Zoobotânica do Distrito Federal-FZDF. Responsável por pesquisa e extensão em controle de pragas. Organizador e curador da coleção entomológica da FZDF. Organizou cursos de pequena duração sobre as pragas dos principais cultivos e seu manejo. Professor Visitante da Universidade de Brasília-UnB.
1975-1976: Vice-Diretor e Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Agronômica da UnB. Coordenador das atividades acadêmicas do departamento, relacionamento com o setores público e privado. Responsável pelas atividades de P&D do Departamento. Estabeleceu experimentos de campo sobre controle de pragas de algodão em Santa Helena-GO. Assessorou o Ministério da Agricultura sobre a legislação e uso de inseticidas. Orientou alunos da UnB com bolsa de iniciação científica do CNPq.
1976-1981: Pesquisador III em entomologia, nas Unidades Descentralizadas (UD) de Recursos Genéticos e Biotecnologia, Algodão e UEPAE de Brasília.
1981-1983: Chefe de P&D da Embrapa Hortaliças, presidente dos comitês de publicações e de lançamento de cultivares. Coordenador do Programa Nacional de Pesquisas de Hortaliças. Promoveu cooperação com a Emater-DF, organizou e ministrou cursos para extensionistas e agricultores. Coordenou programas de cooperação com o Centro Internacional da Batata-CIP, do CGIAR e com o INRA-França. Elaborou o projeto de cooperação com a Agência Japonesa de Cooperação Internacional-JICA.
1984-1985: Assessor da Diretoria Executiva da Embrapa. Coordenou a preparação de recomendações e planos de ação, por solicitação do MAPA, para a delimitação da área infestada, a contenção, o controle e a erradicação do bicudo do algodoeiro.
1985-1995: FAO. Oficial Superior do Serviço de Proteção de Plantas, em Roma-Itália. Representou a FAO em foros internacionais sobre P&D para o desenvolvimento de Manejo Integrado de Pragas (MIP) na agricultura. Orientou agências governamentais de países em desenvolvimento sobre políticas de proteção fitossanitária e P&D em MIP. Liderou todas as fases de desenvolvimento, negociação, aprovação, financiamento, implementação, apoio, revisão e avaliação de projetos/programas da Organização sobre P&D em MIP. Foi Secretário Técnico do Painel Global de Especialistas da FAO/Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), sobre MIP. Organizou a primeira reunião do Painel na antiga União Soviética.
1995-2002: FAO, em Santiago - Chile: Coordenou as atividades de Defesa Fitossanitária da FAO-RLAC, com ênfase na implementação da Convenção Internacional de Proteção Fitossanitária e da Convenção de Roterdã. Apoiou o estabelecimento do Grupo de Trabalho Latino-Americano sobre a Bactéria Entomopatogênica, Bacillus thuringiensis, para pesquisa e desenvolvimento de biopraguicidas.
2002-2006: Coordenador de Cooperação Internacional da Embrapa. Representou o Presidente em foros nacionais e internacionais.
2006-2014: Consultor na preparação, negociação, implementação e avaliação de projetos de pesquisa e desenvolvimento. Diretor Técnico da empresa RuralProsper Consultoria Ltda.
2014-2018: Chefe Geral da Embrapa Algodão. Liderou uma profunda reengenharia nos procedimentos administrativo da unidade, dando-lhe mais transparência, seriedade e eficiência. Deu grande ênfase às áreas de P&D e de transferência de tecnologia, consolidando o Núcleo de Pesquisa do Cerrado junto à Embrapa Arroz e Feijão, em Goiás, e o Campo Experimental de Barbalha, no cariri cearense. Idealizou e liderou os processos para trazer sustentabilidade à produção de algodão no cerrado e criar condições para a volta do algodão ao semiárido nordestino. Reinseriu a Embrapa Algodão na agenda do agronegócio do algodão. (Texto informado pelo autor)
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