O estado do vinho Goethe, do queijo artesanal Serrano e da banana de Corupá vai ser polo, mais uma vez, de debates sobre indicação geográfica (IG) na agropecuária. De 9 a 11 de agosto, a Universidade da Região de Joinville (Univille) sediará o Workshop Catarinense de Indicação Geográfica. O especialista português Alberto de Almeida, da Universidade Lusíada do Porto/Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP, Portugal), será um dos mediadores da sexta edição do evento. Foi nessas regiões que teve início (três séculos DC) o reconhecimento de um produto pela sua origem.
Organizado pelos governos locais junto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e outros órgãos do governo federal, como o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), o workshop tem como um dos objetivos estimular o desenvolvimento regional e o crescimento econômico a partir de produtos tradicionais. Tema que fará parte da palestra de Ignacio López Moreno, da Universidad Autónoma Metropolitana (UAM, México) e do Grupo Territorio, Cultura y Desarrollo de la Universidad de Sevilla, Espanha. O evento é gratuito e com vagas limitadas.
O INPI concede registro de Indicação Geográfica (IG) a produtos ou serviços cujos nomes se tornaram conhecidos por sua história e qualidades conferidas pelo meio geográfico. É um reconhecimento de reputação e notoriedade, valor histórico e cultural que os diferencia de produtos semelhantes disponíveis no mercado.
Programação
Serão apresentados, durante três dias, trabalhos acadêmicos, mesas-redondas, palestras, oficinas técnicas. Paralelamente, ocorrerá a V Mostra de Produtos Tradicionais. Tudo com a presença de palestrantes nacionais e do exterior, como Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Portugal e Polônia.
No Brasil existem 62 produtos com Registro de Indicação Geográfica. As indicações são definidas atualmente conforme o Acordo TRIPs (Agreement on Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights ou Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio), tratado Internacional integrante do conjunto de acordos assinados em 1994, no encerramento da Rodada Uruguai do Gatt (Acordo Geral de Tarifas e Comércio).
As áreas do Mapa encarregadas do evento são a Coordenação de Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários, Divisão de Política, Produção e Desenvolvimento Agropecuário e Departamento de Desenvolvimento das Cadeia Produtivas e da Produção Sustentável da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo.
Para inscrever-se, obter mais informações e a programação completa acesse: http://www.redeindicacaogeografica.com