Safrinha de batata-inglesa chega ao final no RS

Conforme informações divulgadas pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (9), as últimas áreas da safrinha de batata-inglesa estão sendo colhidas nas regiões mais quentes que, tradicionalmente, estabelecem lavouras até os últimos meses de verão. A qualidade do produto é regular, de tubérculos pequenos, sendo que em algumas regiões as perdas decorrentes da estiagem atingem 50% do volume potencial da cultura. Segundo informações do levantamento da Emater/RS-Ascar, nesses locais, tem início o plantio da nova safra, com incremento nas práticas de preparo do solo e adubação de base. Atualmente o preço percebido pelo bataticultor varia de R$ 0,60 a R$ 0,90 o quilo da batata especial.

Já as culturas de inverno - trigo, canola e cevada -, evoluem de maneira satisfatória. Devido às boas condições meteorológicas registradas durante o último período, as lavouras de trigo apresentam boas condições fitossanitárias na maioria dos casos. Na atualidade, cerca de 3% do total da área plantada com a cultura começa a entrar na fase de floração, contra uma média de 1% em anos anteriores. A canola segue com bom desenvolvimento, atingindo majoritariamente o estádio de floração, com bom stand e padrão fitossanitário, mas a atenção dos produtores volta-se para o controle de pragas. Já a cevada encontra-se na fase de elongação, com bom aspecto fitossanitário e destaque para a boa massa vegetativa que a cultura apresenta no momento, com potencial produtivo de cerca de 3.000 kg/ha na região da Produção e do Médio Alto Uruguai.

As condições climáticas do período, de maneira geral, favoreceram o desenvolvimento das pastagens tanto nativas como as cultivadas, principalmente de aveia e azevém, apresentando um maior volume e melhor qualidade de pastos disponibilizados aos animais. Dessa forma, com maior quantidade de forrageiras verdes disponível, os produtores de leite diminuíram o uso de silagens, concentrados proteicos e rações, baixando o custo de produção. Em algumas regiões, a produção está se normalizando. O abastecimento de água nas propriedades para a dessedentação e manejo dos animais também foi normalizado.

Intensifica-se a principal prática da estação, a poda seca ou de inverno nos macieirais. Os tratamentos de inverno com caldas, visando à redução de pragas e fitomoléstias, continuam sendo executados. Diversas áreas vêm sendo reconvertidas, implantando-se clones mais recentes das variedades gala e fuji, e com sistema de condução diferenciado. Com forte adensamento de plantas, estas requerem tutoramento para poder se manter na posição vertical. Esse quadro reflete-se em custos bem mais elevados no momento da implantação do pomar, porém, inicia-se precocemente a produção e com produtividades triplicadas.