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A safra de laranja 2016/17 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro foi reestimada em 244,20 milhões de caixas de 40,8 quilos. O número foi divulgado pelo Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura, nesta segunda-feira (12). O valor representa uma redução de 1,9% em relação à reestimativa publicada em setembro, de 249,04 milhões de caixas e 0,6% comparado à estimativa inicial publicada em maio, que foi de 245,74 milhões de caixas.
A revisão para uma safra menor deve-se à adequação do fator de correção (que calcula os desvios da safra) que foi atualizado. Anteriormente, o fator utilizado levava em consideração a média dos últimos dez anos, mas necessitou ser revisado para se adequar a realidade atual dos pomares, levando-se em consideração o manejo de HLB que vem alterando a configuração dos pomares com a eliminação de árvores doentes e substituição por mudas sadias, resultando na formação de subconjuntos de plantas mais novas com produtividade menor do que as do plantio original em um mesmo talhão. O impacto desses subconjuntos é significativo na safra atual que teve baixa produtividade, visto que, as plantas mais jovens tiveram menor pegamento dos frutos.
Nesta reestimativa, a tendência de crescimento dos frutos, notada na reestimativa de setembro, continuou sendo observada. A variedade Pera Rio, é revisada em 230 frutos/caixa, enquanto na reestimativa de setembro projetavam-se 245 frutos/caixa. O peso da Valência e Valência Folha Murcha passa a 220 frutos/caixa, e o da Natal para 230 frutos/caixa, dez e cinco frutos a menos por caixa respectivamente, em comparação à reestimativa de setembro. Contribuiu para este crescimento, a pluviometria acumulada de maio/2016 a novembro/2016 que foi 19% acima da prevista para o período. A média das precipitações acumuladas nesses sete meses em todo parque citrícola atingiu 543 milímetros.
A taxa média de queda de frutos é de 13,73%, mantendo o valor abaixo do esperado inicialmente para a safra. De acordo com o coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES), Vinícius Trombin, o ritmo mais acelerado da colheita explica a diminuição da queda de frutos. “Até novembro, com base nos talhões monitorados pelo Fundecitrus, estima-se que 81% da produção tenham sido colhidos. Neste mesmo período no ano passado, o número era de 72%”.
A colheita das variedades precoces supera 96% e está praticamente encerrada, a de Pera Rio está com 78%, de Valência e Valência Folha Murcha 81% e Natal 71%.
A pesquisa de estimativa de safra é realizada pelo Fundecitrus em cooperação com a Markestrat, FEA-RP/USP e FCAV/Unesp.
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