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A Universidade de Passo Fundo concluiu nesta semana a instalação de uma estação da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) do Sistema de Navegação Global por Satélite. A estação fornece dados precisos sobre a longitude, latitude e altitude do local, auxiliando em projetos de engenharia, mapeamentos, pesquisas científicas, agricultura de precisão e regularização fundiária. O equipamento, instalado na unidade III do Parque Científico e Tecnológico da UPF (UPF Parque), soma-se a outras estações em funcionamento em todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, além de Passo Fundo, existem outras cinco estações que estão localizadas nos municípios de Porto Alegre, Santa Maria, Pelotas, Cerro Largo e Alegrete.
Para a professora Michele Fornari, responsável por todo o processo, a instalação é o resultado de uma parceria entre a UPF, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). “Foi um importante passo para a o ensino, pesquisa e extensão. Com essa nova estação conseguiremos otimizar os levantamentos topográficos, passamos a ter um ponto com coordenadas conhecidas pertencentes ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), eliminando assim a necessidade de imobilizar um receptor em um ponto que, muitas vezes, oferece grandes dificuldades de acesso. Além disso, os receptores que equipam as estações da RBMC são de alto desempenho, proporcionando dados de precisão milimétrica para os levantamentos”, comenta ela.
As estações da RBMC são materializadas através de pinos de centragem forçada, especialmente projetados e cravados em pilares estáveis. A maioria dos receptores da rede possui a capacidade de rastrear satélites GPS e GLONASS, enquanto alguns rastreiam apenas GPS. “Esses receptores coletam e armazenam continuamente as observações do código e da fase das ondas portadoras transmitidos pelos satélites das constelações GPS ou GLONASS. Cada estação possui um receptor e antena geodésica, conexão de internet e fornecimento constante de energia elétrica que possibilita a operação contínua da estação”, destaca Micheli.
As coordenadas das estações da RBMC são outro componente importante na composição dos resultados finais dos levantamentos a ela referenciados. Nesse aspecto, a professora explica que a grande vantagem da RBMC é que todas as suas estações fazem parte da Rede de Referência do Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS), cujas coordenadas finais têm precisão da ordem de ± 5 mm, configurando-se como uma das redes mais precisas do mundo. “Outro papel importante da RBMC é que suas observações vêm contribuindo, desde 1997, para a densificação regional da rede do IGS (International GPS Service for Geodynamics), garantindo uma melhor precisão dos produtos do IGS – tais como órbitas precisas – sobre o território brasileiro”, complementa ela.
Operação
A operação das estações da RBMC é totalmente automatizada. As observações são organizadas, ainda na memória do receptor, em arquivos diários, correspondendo a sessões iniciando às 00h01min e encerrando às 24h00min (tempo universal), com intervalo de rastreio de 15 seg.
Depois do encerramento de uma sessão, os arquivos com as respectivas observações são transferidos do receptor para o Centro de Controle da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas. A partir deste ponto são criados novos arquivos em formato padrão RINEX2, nos quais é realizado um controle de qualidade das observações. Em seguida os arquivos de dados RINEX2 e as órbitas transmitidas são compactados e disponibilizados na área de download do portal do IBGE. Na UPF, a estação ficará em avaliação por um período de três meses antes de disponibilizar os dados para os usuários.
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