Sacola de amido de milho pode ajudar evolução do setor, prevê Abramilho

30.01.2012 | 21:59 (UTC -3)
Fonte: Barcelona Soluções Corporativas

Apesar de não ser uma determinação legal, a retirada de circulação das sacolas plásticas dos supermercados paulistas segue tendência mundial (cidades como Belo Horizonte, em Minas Gerais, e San Francisco, na Califórnia/EUA, já baniram o material) e deve mesmo causar algumas mudanças no setor. A mais comentada nos últimos dias é a sacola de plástico de amido de milho, que deve ter um custo simbólico ao cliente e é decomposto na natureza de 6 a 18 meses – o plástico derivado de petróleo demora mais de 400 anos para se decompor.

Para o presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, a mudança de comportamento do varejo e dos consumidores pode estimular ainda mais a opção do agricultor por plantar milho no Brasil – o país é o terceiro maior produtor mundial do cereal.

“O brasileiro usa em média 66 sacolas por ano. Esse número deve diminuir, o que é bom, mas é melhor ainda para o milhocultor, que passa a ter nessa nova indústria mais uma opção de cliente para seu produto”, aponta.

Segundo Paolinelli, a fabricação de biopolímeros derivados do milho representa ainda mais um passo para agregar valor ao produto nacional. “O agricultor precisa pensar na cadeia produtiva como um todo, e não apenas na sua produção. Criar uma matéria-prima tão versátil como o plástico de amido de milho é um grande avanço para o país deixar de ser apenas produtor da commodity. O milhocultor precisa entender que vende não apenas milho, mas proteína animal, insumos, etanol e, agora, também bioplástico”, completa.

O milho é esmagado até ser transformado em farinha, quando o amido é separado para, em seguida, seguir para um processo de fermentação (semelhante ao usado para fazer etanol). No entanto, o amido é convertido em ácido lático que, aquecido e moldado, forma o biopolímero de milho – o plástico que será usado para fabricar as novas sacolas ecológicas e outros produtos. O tempo de decomposição desse material varia de seis meses (quando usada técnica de compostagem) a um ano e meio (decomposição normal).

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