RS Safra 2024/25: soja avança, mas enfrenta desafios fitossanitários

A área estimada de cultivo no estado é de 6,8 milhões de hectares

19.12.2024 | 17:18 (UTC -3)
Revista Cultivar

A safra de soja no Rio Grande do Sul atingiu 94% da área projetada para o plantio, segundo dados da Emater/RS. Apesar do avanço, produtores enfrentam desafios relacionados ao clima e à incidência de pragas, doenças e plantas daninhas. Algumas regiões, como a Fronteira Oeste e a Campanha, relatam problemas localizados de umidade, enquanto medidas preventivas para controle fitossanitário estão em curso em diversas áreas.

A área estimada de cultivo no estado é de 6,8 milhões de hectares, com produtividade média projetada em 3.179 kg/ha. A semeadura está quase concluída em diversas regiões. No entanto, condições climáticas como déficit hídrico e chuvas intensas têm impactado o plantio, principalmente em áreas menores e nas sucessões ao milho e tabaco.

Condições climáticas e fitossanitárias

Na Fronteira Oeste, o plantio chega a 95%, mas as chuvas irregulares exigiram replantio em algumas áreas. Houve relatos de tombamento de plantas por calor ou fungos de solo. Percevejos foram identificados, mas sem impacto econômico significativo. Os agricultores realizam controle preventivo de lagartas e plantas daninhas.

Na Campanha, as condições climáticas beneficiaram o manejo pós-emergência. As áreas tratadas com herbicidas têm se mostrado promissoras, apesar de dificuldades com sementes de baixa qualidade em Hulha Negra.

Na Serra e no Norte do estado, o desenvolvimento das lavouras está dentro do esperado. Em Caxias do Sul, o plantio foi concluído, e as pulverizações preventivas contra doenças foram iniciadas. Em Erechim e Ijuí, a cultura segue em desenvolvimento vegetativo, com baixo impacto de pragas como lagartas.

Manejo de pragas e doenças

A ferrugem-asiática é o principal foco de atenção no estado. Os produtores estão aplicando fungicidas preventivos, especialmente em lavouras adiantadas. O manejo também inclui tratamentos para manchas foliares, oídio e antracnose. No entanto, em algumas regiões, como Santa Rosa, a baixa disponibilidade hídrica no início do ciclo reduziu o porte das plantas.

O controle de tripes e capim-amargoso também é destaque em áreas onde a estiagem favoreceu o aumento dessas populações.

Na região de Pelotas, chuvas intensas causaram falhas no estande, exigindo replantio. Relatos atribuem os problemas à qualidade dos insumos utilizados.

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