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O calor intenso e a escassez de chuvas seguem prejudicando o desenvolvimento das lavouras de verão no Rio Grande do Sul. Segundo o Informativo Conjuntural da Emater-RS, divulgado em 13 de fevereiro, os cultivos de soja, milho e feijão, entre outros, apresentam perdas significativas em produtividade devido às condições climáticas adversas.
A cultura da soja tem sido fortemente afetada pela combinação de estiagem e altas temperaturas, que em algumas regiões do estado chegaram a 40°C. O oeste é a região mais impactada, mas os prejuízos se estendem por todo o estado. Com apenas chuvas isoladas e de baixos volumes, a umidade do solo permanece insuficiente para sustentar o desenvolvimento das plantas, especialmente nas lavouras em estágios reprodutivos.
Atualmente, 38% das áreas estão em floração e 49% em formação e enchimento de grãos, mas a baixa disponibilidade hídrica tem reduzido o volume de vagens e grãos, comprometendo a produtividade. Entre os principais danos observados estão o abortamento floral, a queda prematura de vagens, a desfolha basal e o porte reduzido das plantas.
A colheita do milho avançou para 54% da área cultivada, beneficiando-se das precipitações registradas no início de fevereiro. Entretanto, as lavouras semeadas fora do período recomendado estão sofrendo com o déficit hídrico e as temperaturas elevadas, que aceleram o ciclo da cultura e prejudicam o enchimento dos grãos.
Os cultivos tardios, que ainda estão em estágios vegetativos (7%), de floração (6%) e enchimento de grãos (14%), tendem a apresentar menor produtividade. Além disso, aumentou a incidência da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) nas áreas semeadas em janeiro, um fator que pode comprometer ainda mais a saúde das lavouras.
Diferentemente da soja e do milho, as lavouras de arroz apresentam um bom desenvolvimento, beneficiadas pela alta disponibilidade de radiação solar. Atualmente, 40% da área cultivada está em floração, 30% em enchimento de grãos e 12% em maturação fisiológica.
Até o momento, apenas 2% da área foi colhida, com previsão de intensificação dos trabalhos a partir de março. Embora as temperaturas elevadas possam afetar a qualidade e produtividade dos grãos, a resposta positiva da cultura à radiação solar tem atenuado os impactos negativos.
A colheita da primeira safra de feijão está próxima do fim nas regiões que adotam o sistema de duas safras. Nos Campos de Cima da Serra, as lavouras semeadas mais tarde ainda estão em fase vegetativa ou em floração.
As altas temperaturas registradas durante a semana, chegando a 35°C, aumentaram o risco de abortamento floral, comprometendo o potencial produtivo. Já a segunda safra está em processo de semeadura, com cerca de 45% da área projetada já implantada. Apesar da estiagem, as chuvas do início do mês favoreceram o avanço do plantio.
O calor extremo também afetou a produção de hortaliças e frutas no estado. Na região de Bagé e Uruguaiana, olericultores relatam perdas qualitativas e quantitativas devido à intensidade da radiação solar, mesmo em propriedades com irrigação e estruturas de sombreamento. Os cultivos a céu aberto são os mais prejudicados, com queimaduras nas folhas.
Na fruticultura, a melancia e o melão na região de Ijuí apresentam boa produtividade, apesar da queda no nível de açúcar dos frutos. Nos pomares de citros da região de Frederico Westphalen, as perdas chegam a 30% devido à estiagem e à queda prematura dos frutos. Já os produtores de noz-pecã e oliva da região de Santa Maria registram abortamento floral e redução da produtividade, especialmente em solos arenosos sem irrigação.
Com a persistência do calor e a irregularidade das chuvas, as perdas podem aumentar nas próximas semanas, tornando essencial o monitoramento das condições climáticas e das lavouras.
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