Regiões 1 e 2 de Goiás encerram semeadura do algodão dia 10
Medida busca diminuir prejuízos causados pelo bicudo-do-algodoeiro
A safra de soja e milho no Rio Grande do Sul enfrenta condições climáticas adversas, impactando diretamente a produtividade e a situação financeira dos produtores. As informações são da Emater/RS.
A irregularidade das chuvas tem comprometido o desenvolvimento das lavouras de soja, enquanto o milho apresenta perdas significativas nas áreas de plantio tardio. A falta de acesso a seguros agrícolas agrava o cenário.
As lavouras de soja no estado estão em condições heterogêneas devido à irregularidade das precipitações. No Centro e no Oeste, onde as chuvas estão abaixo da média desde novembro de 2024, há perda total em algumas áreas. Mesmo na Região Leste, que recebeu volumes mais expressivos de chuva, observa-se redução no porte das plantas, o que pode impactar a produtividade.
A semeadura da soja foi tecnicamente encerrada, mas, nas regiões mais críticas, a área plantada ficou abaixo da projeção inicial. Nas regiões com umidade suficiente, os produtores mantêm o controle fitossanitário, com foco no combate a ácaros e tripes, favorecidos pelo clima quente e seco.
Em Alegrete, na Fronteira Oeste, estima-se que 5 mil hectares não serão semeados. Em Hulha Negra, a seca impede a finalização do plantio. Na Serra, onde 15% da soja da região está concentrada, a estiagem pode causar perdas significativas. Em Santa Rosa, a escassez hídrica resultou em danos irreversíveis em diversas lavouras, especialmente em solos compactados ou com rochas expostas. Muitos produtores não possuem seguro devido aos altos custos e à recorrência de perdas climáticas.
Em Passo Fundo, 50% das lavouras estão em formação de vagens, mas as chuvas irregulares geram preocupação com possíveis reduções de produtividade. No Baixo Vale do Rio Pardo, a escassez hídrica tem afetado a fase reprodutiva da soja. No Centro-Serra, as chuvas foram mais frequentes, mas ainda insuficientes para garantir pleno desenvolvimento.
A colheita do milho avançou no Rio Grande do Sul, atingindo 43% da área projetada. O tempo seco e quente favoreceu a maturação das lavouras, mas impactou negativamente os cultivos tardios, que enfrentaram perdas expressivas.
Na Fronteira Oeste, a colheita foi concluída em diversas áreas, com resultados satisfatórios nas lavouras semeadas no início do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). Entretanto, lavouras implantadas mais tarde registram perdas devido à seca. Em São Gabriel, 30% das lavouras estão em maturação, mas com produtividade abaixo do esperado.
Em Erechim, a produtividade média das lavouras supera 9 mil kg/ha, enquanto em Frederico Westphalen, a estimativa regional é de 8.640 kg/ha. Em Ijuí, a colheita alcançou 87% da área, com produtividade próxima de 8 mil kg/ha, embora haja grande variabilidade nos rendimentos.
Na região de Santa Maria, as perdas aumentam semanalmente, especialmente nas lavouras de plantio tardio, que apresentam danos severos. Na de Santa Rosa, a colheita do milho precoce atingiu 92% da área, sendo a maioria substituída por soja safrinha. O milho safrinha, em geral, enfrenta dificuldades devido à escassez hídrica e à alta incidência de cigarrinha.
Nas lavouras tardias, o potencial produtivo segue sob risco elevado, pois ainda estão em fase de enchimento de grãos e não há previsão favorável de precipitação. O cultivo de milho na segunda safra também está prejudicado, pois muitos produtores optaram pela soja, devido à maior sensibilidade do milho à escassez hídrica.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura